sexta-feira, 28 de setembro de 2012

AS DELICADEZAS DE AUDREY TAUTOU

Por José Farid Zaine
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Logo na primeira sequência de “A Delicadeza do Amor” o espectador é conquistado. Em poucos minutos somos envolvidos por um acontecimento simples e poético, num café, e sabemos que, a partir daí, uma história de amor acontecerá inevitavelmente, movida pelo destino. Essa história é conduzida com extrema delicadeza, justificando o título, que é também o mesmo do best-seller em que foi inspirado, La Delicatesse, embora em português tenha sido acrescentado esse “do amor”, dispensável, mas não prejudicial. A alma do filme é Audrey Tautou, escolha acertadíssima dos irmãos Foenkinos (David, que também é autor do romance, e Stèphane). A beleza suave de Tautou, intérprete de Nathalie, a protagonista, é levada através dos cenários caprichados que constroem as atmosferas de romance, drama, tragédia e  de todos os sentimentos que nos movem pela vida e que interessam à narrativa de uma história comovente, mas que fica muito longe da pieguice e das artimanhas lacrimogêneas.


É a vida simples, sem retoques, com suas surpresas e armadilhas, com suas promessas de paraíso e com seus abismos imprevistos, o fio condutor dessa história. Audrey Tautou é a imagem desse fio: seu andar, seu olhar, seu sorriso, suas expressões de alegria, dor, desamparo, determinação ou apenas da mais desoladora solidão, são marcas fortíssimas em todas as sequências.
A sensibilidade da direção ficou profundamente refletida na trilha sonora, sempre acertada, além do elenco perfeito que tem como destaques François Damiens, como o sueco Markus,  Bruno Todeschini como Charles, o patrão apaixonado por Nathalie, Mèlanie Bernier, como a secretária Chloé e o galã Pio Marmaï, como o grande amor da personagem principal.
“A Delicadeza do Amor” estreou em maio nos cinemas do Brasil e agora está disponível em DVD e Blu-Ray, podendo se transformar num excelente programa doméstico para o fim de semana.

OUTRAS FACES DE AUDREY TAUTOU
Quem se encantar com “A Delicadeza do Amor”, com certeza gostará de ver ou rever outros filmes com Audrey Tautou, todos facilmente encontrados nas locadoras.
O mais famoso filme dela é, com certeza, “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, de 2001, que a projetou mundialmente. Dirigido por Jean Pierre Jeunet, a comédia romântica encantou as plateias pela originalidade e pela interpretação graciosa da pequena estrela que surgia. Ao indicá-lo para o Oscar, a França apostou nele todas as fichas, porque o filme vinha de carreira de sucesso comercial e de crítica. “Amélie Poulain” foi finalista na categoria melhor filme estrangeiro e ainda foi indicado em outras categorias técnicas, era considerado uma “barbada”, mas perdeu para “Terra de Ninguém”, da Bosnia, que, convenhamos, era mesmo bem melhor.
“Coco, antes de Chanel” , drama de 2009 dirigido por Anne Fontaine, coloca Tautou na pele da lendária estilista francesa Coco Chanel, nome consagrado internacionalmente na alta-costura, transformada num símbolo feminino de seu tempo.
Em “Eterno Amor” (Um Long Dimanche de Fiançailles), de Jean-Pierre Jeunet, Audrey Tautou é Mathilde, que empreende obstinada busca pelo namorado, dado como morto na Primeira Guerra Mundial. A comovente história ganhou muitos fãs mundo afora...e nariz torcido de boa parte da crítica.
Depois do espetacular sucesso de “O Código Da Vinci”, livro de Dan Brown que vendeu milhões de cópias por todo o planeta, era uma curiosidade geral saber quem daria vida às personagens da instigante história narrada no romance. Foi noticiada com grande alarde a notícia de que Sophie Neveu seria vivida por Tautou, ao lado de Tom Hanks, que encarnaria o pesquisador Robert Langdon. O filme fez sucesso de bilheteria, mas dividiu muito a crítica. Mas vale a pena conferir esse blockbuster dirigido por Ron Howard, com a estrelinha francesa no papel da principal personagem feminina.
Neste fim de semana, vamos curtir Audrey Tautou, especialmente em “A Delicadeza do Amor”, uma receita de serenidade para amenizar nosso cotidiano tão conturbado, que às vezes não ficamos atentos às coisas belas e simples que podem alimentar nosso coração.

Limeirenses fazem tributo a Amy Winehouse e Cássia Eller neste sábado no Teatro Vitória

Duas grandes cantoras limeirenses dividem o palco do Teatro Vitória interpretando duas grandes estrelas da música brasileira e internacional. July Guerrero e Simone Carvalho fazem tributo a Amy Winehouse e Cássia Eller, respectivamente, neste sábado, 29, às 20h, no Teatro Vitória. Trata-se de um tributo que homenageará essas mulheres que marcaram uma geração inteira com suas vozes.

As duas cantoras, que já vem consolidando suas carreiras, estão muito felizes com a possibilidade de levar para o teatro o tributo às estas grandes estrelas da música. Para July, interpretar Amy é motivo de orgulho e satisfação. “Tudo começou quando eu estava numa fase que não me entusiasmava com nenhum artista, só ouvia sons dos anos 60 e 90, mas de repente me deparei com essa mulher, dona de uma voz poderosa, instigante que me tocou no fundo da alma”, relatou.




Foi a partir daí, que surgiu o desejo de July montar um cover de Amy com direito a figurino, maquiagem extravagante, tattoos e até copiar umas de suas marcas registradas, o cabelo. “A encarei dos pés a cabeça, usando o figurino do DVD, e trazendo aquela imagem dela totalmente segura e distraída no palco, que não precisava provar nada a ninguém; meio bêbada, chapada, improvisando novas melodias, sendo irônica, engraçada e autodestrutiva, mas acima de tudo, entretendo as pessoas com suas canções”, disse July.

O repertório de July terá mais de 14 canções de Amy. July buscou referências do primeiro DVD que Amy Winehouse gravou – “I Told You I Was Trouble” - Live in London, lançado em 2007. Entre as canções, estão: Addicted, Just Friends, Back to Black, Wake Up Alone, Tears Dry on Their Own, He Can Hold Her, Fuck Me Pumps, Valerie, Hey Little, entre outros.

Já Simone Carvalho escolheu interpretar Cássia Eller, com o intuito de resgatar o trabalho dessa grande interprete da música brasileira. “Manter viva para as próximas gerações a musicalidade e o estilo de Cássia”, disse a cantora.

No repertório de Simone, as canções que ela irá interpretar são; Malandragem, Relicário, Ect/ Coroné Antônio Bento, Luz dos Olhos, Segundo Sol, Por Enquanto, No Recreio, Top Top, All Star, Vá Morar com o Diabo entre outras.

Essas estrelas limeirenses em grande estilo, subirão ao palco do Teatro Vitória para homenagear grandes ícones da música. “Convidamos a todos que curtem Amy e Cássia, a prestigiar o show, que será muito divertido, além de contar com excelentes músicos!”, finalizou as artistas.

O tributo é uma realização da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura. A entrada é franca, com distribuição de senhas de acesso uma hora antes da apresentação. A duração do show é de 120 minutos e a classificação indicativa é livre.

Outras informações podem ser obtidas no telefone do teatro, (19) 3451 6679, ou no blog da Cultura: www.culturalimeira.blogspot.com.

*Nota: Em anexo, estão fotos da July e Simone. Arquivo pessoal e cartaz – crédito: Divulgação.


Luane Tenório – Estagiária de Jornalismo
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Secretaria da Cultura
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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

CARDÁPIO VARIADO NA TELA GRANDE


Por José Farid Zaine
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A semana passada foi de muitas estreias nos cinemas. O segundo semestre guarda um considerável número de atrações, principalmente para o fim de ano e começo do próximo, quando a temporada de prêmios começa destacando os favoritos ao Oscar. É sempre assim. Surgem também muitos festivais de cinema importantes, como o de Brasília e a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A semana foi especial para o Brasil, com três lançamentos com possibilidades de boas bilheterias e alguns sucessos comerciais internacionais, sem grandes blockbusters.





“E a Vida Continua...”, de Paulo Figueiredo, é um drama espírita adaptado da obra de André Luiz e psicografado por Chico Xavier. O elenco traz a força da presença de Lima Duarte e Ana Rosa, figurinha carimbada nos filmes de temática espírita. Desde o fraquíssimo “Bezerra de Menezes”, o tema vem obtendo ótimos resultados em termos de bilheteria. “Chico Xavier”, o melhor de todos, ganhou adeptos até entre os críticos mais azedos; “Nosso Lar” ousou na produção milionária, com efeitos especiais encomendados, e “As Mães de Chico Xavier” conseguiu se sustentar sobre uma trama banhada de lágrimas levada por bom elenco.



Os outros dois filmes brasileiros lançados são documentários, gênero que o nosso cinema vem cultivando cada vez mais. O primeiro é um relançamento de uma obra antológica, o magnífico “Cabra Marcado para Morrer”, de Eduardo Coutinho, de 1984, narrando a história do líder da liga camponesa do Sapé, João Pedro Teixeira. A cópia restaurada é um prêmio para a cultura brasileira, mas quem não puder ir ao cinema agora, o documentário pode ser visto em DVD.



O segundo documentário é “Tropicália”, de Marcelo Machado, de 2012. O filme mostra um dos mais importantes movimentos musicais do Brasil, comparado em dimensão à Bossa Nova. Surgida no final dos anos 1960, época de efervescência cultural e política no mundo todo e período mais contundente dos anos de chumbo da ditadura militar, a Tropicália consagrou Caetano , Gil, Tom Zé, Gal, Bethânia e outros que revolucionaram a música popular brasileira com canções que permanecem até hoje com a força com que foram criadas, no meio da luta pela liberdade de expressão.



INTERNACIONAIS
Os fãs de Resident Evil, que não são poucos, vão ficar satisfeitos por mais um episódio da saga, “Resident Evil 5: Retribuição”, filme americano de 2012 dirigido por Paul W.S.Anderson. Originado do game homônimo, o quinto exemplar da série traz a bela Milla Jovovich numa alucinante aventura em 3D. Para ela, que já foi queimada na fogueira como Joana D´Arc, tudo bem...



Vem da França outro lançamento internacional, “My Way, o Mito Além da Música”, de Florent-Emilio Siri, de 2012. O filme conta a história de Claude François, um grande nome da música francesa, criador de “Comme d'Habitude", que depois foi vertida para o inglês e se transformou na marca indelével de Frank Sinatra, e um dos maiores êxitos de sua fulgurante carreira. Jéremie Renier interpreta o compositor, e muitos críticos viram semelhanças entre a narrativa deste filme e o grande sucesso de Olivier Dahan ”Piaf - Um Hino ao Amor”, que deu o Oscar de melhor atriz para Marion Cotillard.


 

Dos Estados Unidos chegou ainda a comédia estrelada por Ben Stiller “Vizinhos Imediatos de Terceiro Grau” (The Watch), de Akiva Schaffer, 2012. Tipo de comédia que tem enorme quantidade de fãs, provavelmente vai provocar filas, gargalhadas... e rápido esquecimento.



E o cardápio para hoje, em todo o Brasil, está ainda com mais variedades: Estreiam na tela grande a ação americana “DREDD”, de Pete Travis, o documentário brasileiro “Expedicionários”, de Otávio Cury, o drama “Os Infratores”, de John Hillcoat, com um elenco all star que inclui Tom Hardy, a sensacional Jessica Chastain, Gary Oldman, Guy Pierce e Shia LaBeouf, o suspense com Sigourney Weaver “Poder Paranormal”, o francês “Polissia”,a animação “O Segredo das Fadas” e outra comédia americana, “Ted”, com Mila Kunis e Mark Wahlberg. E não é tudo. Como se vê, quem curte o escurinho do cinema não tem do que reclamar, pois há tempero para todos os paladares.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Orquestra apresenta a cantata “Carmina Burana” de Carl Orff

No mês de setembro a orquestra traz um espetáculo grandioso e inédito na cidade, trata-se da cantata “Carmina Burana” do compositor Carl Orff, que se realizará no mês de aniversário de Limeira nos dias 20 e 21 às 20h30, no Teatro Vitória.

A cantata
O compositor alemão Carl Orff musicou alguns dos Carmina Burana, compondo uma cantata homônima. Com o subtítulo “Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae”, a obra, por suas características, pode ser definida também como uma “cantata cênica”.

A cantata é emoldurada por um símbolo da Antiguidade — a roda da fortuna, eternamente girando, trazendo alternadamente boa e má sorte. É uma parábola da vida humana exposta a constante mudança, mas não apresenta uma trama precisa.

A obra é estruturada em prólogo e duas partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna na qual desfilam vários personagens emblemáticos dos vários destinos individuais. Na primeira parte se celebra o encontro do Homem com a Natureza, particularmente o despertar da primavera - “Veris laeta facies” ou a alegria da primavera. Na segunda, “In taberna”, preponderam os cantos goliardescos que celebram as maravilhas do vinho e do amor(“Amor volat undique”), culminando com o coro de glorificação da bela jovem (“Ave, formosissima”). No final, repete-se o coro de invocação à Fortuna (“O Fortuna, velut luna”).

O concerto
O espetáculo terá como regente o Maestro Rodrigo Müller, três solistas, dos quais serão Elisabete Almeida (soprano), Guga Costa (tenor), Vinícius Atique (barítono) e dois coros, Madrigal Vivace (Vasti Atique – regente) e Coro Contemporâneo de Campinas (Ângelo Fernandes – regente) e a Orquestra Sinfônica de Limeira.

Os ingressos já estão disponíveis para venda na bilheteria do Teatro Vitória ao preço de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Mais informações sobre o concerto “Carmina Burana” no site www.sinfonicadelimeira.com ou pelo email: oslimeira@yahoo.com.br.Os trabalhos desenvolvidos pela Orquestra Sinfônica de Limeira são realizados pela Prefeitura Municipal de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura e Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira. Contam também com o patrocínio da CCR AutoBAn e Unimed. O evento conta ainda com o apoio institucional da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e apoio cultural de Limel Bagueteria, Floricultura Mercuri, Fotógrafo Paulo Pedron, AZ Design Independente, Musical Brasil Instrumentos, Virtú Produções Culturais e Artisticas , Foz do Brasil, Printness Soluções e CAMPL.


Produção

A FRANÇA ESTÁ PERDOADA


Por José Farid Zaine
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Não sei quantas vezes vi “O Pagador de Promessas”, dirigido por Anselmo Duarte e baseado na obra de Dias Gomes, nem quantas eu o mostrei para alunos. A cada revisão o filme fica melhor e acho mais merecida a Palma de Ouro que levou em Cannes em 1962. Quando a obra, já famosa internacionalmente por conta do prêmio do mais badalado festival de cinema do mundo foi indicada ao Oscar em 1963, o país viveu uma euforia como se uma Copa do Mundo de cinema fosse trazer ao povo a cobiçada estatueta. Mas a França tirou do colo do Brasil o homenzinho dourado com sua espada sobre o celuloide. Implacável. Odiei o cinema francês por muito tempo, por causa dessa enorme injustiça, que eu conhecia pela repercussão. Mas eu nunca havia visto o vencedor, até que um dia, num cinema de São Paulo, eu topei com ele: “Sempre aos Domingos”, o título nacional para “Les Dimanches de Ville D´Avrey”, dirigido por Serge Bourguignon. Eu adorei o filme. É lindo. Não que eu ache que tinha de ganhar de nosso “Pagador” no Oscar, que um certo bairrismo me impede de admitir, mas o filme é realmente maravilhoso.






O cinema francês foi sempre um dos mais destacados no Oscar na categoria de melhor filme estrangeiro. Em 2012, contudo, a coroação foi total. “O Artista” foi indicado em nada mais, nada menos que 10 categorias, e ganhou nas principais. Belíssimo e original, é de uma simplicidade tocante. Merece ser visto e revisto, como eu já o fiz, sempre com o mesmo deleite.



E como vai a produção atual na França? Na semana passada chegou ao Brasil o maior êxito comercial francês dos últimos tempos, que levou mais de 20 milhões de pessoas ao cinema, transformando-se na segunda maior bilheteria daquele país. Trata-se de “INTOCÁVEIS” (Intouchables), baseado na história real de um ricaço autoritário que sofre um acidente e fica tetraplégico e sua inusitada relação com um negro senegalês que, sem qualquer preparo, é contratado para cuidar dele. A dupla é vivida com muita propriedade por François Cluzet, o branco rico, e Omar Sy, o imigrante senegalês negro. Um tanto previsível, o filme ganha pela simpatia dos atores e pelas situações que decorrem do aprendizado que dois homens completamente diferentes acabam tendo um com o outro. Programa imperdível no cinema, mas quem não conseguir ver “Intocáveis” na tela grande, é do tipo de filme que chega rapidamente às locadoras. Ainda bem.



O SABOR DA FRANÇA DENTRO DE CASA

Não me refiro à célebre culinária francesa, cujos famosos pratos sempre são capazes de despertar e aguçar o imaginário das pessoas em todo o mundo, pelo grau de sofisticação das criações de grandes chefs. Refiro-me a filmes que encantaram gerações, empolgaram a crítica e colocaram a cinematografia francesa entre as melhores do mundo.



Para quem tem fome de arte, as prateleiras das locadoras – felizmente – guardam tesouros que não podem ficar dormindo nos estojos. Quem está ávido por ver verdadeiras obras-primas da sétima arte vai pagar muito pouco por isso, apenas o valor da locação de um DVD. Então, aqui vão alguns dos filmes franceses que não dá pra perder:



“A BELA DA TARDE “(Belle de Jour), que celebrizou Catherine Deneuve, e “O DISCRETO CHARME DA BURGUESIA”, de Luis Buñuel, um dos maiores diretores de todos os tempos, nascido na Espanha, amigo de Federico Garcia Lorca, mas que filmou na França alguns de seus filmes mais famosos;



“A NOITE AMERICANA” (La nuit americaine), um grande filme de François Truffaut, criador dos clássicos “Os Incompreendidos”, “Jules e Jim – Uma Mulher para Dois” e “A Noiva Estava de Preto”, só para citar alguns.



E ainda “Indochina”, “Viver por Viver”, “A Verdade”, “O Boulevard do Crime”, “Adeus, Meninos”, e muitos, muitos outros, com um destaque para o popular “Um Homem, Uma Mulher”, de Claude Lelouch (que fez também “Retratos da Vida”), uma delícia de romance embalado pelo nosso “Samba da Bênção”, de Vinícius de Moraes e Baden Powell.



Com tanta coisa boa que o cinema francês pode oferecer, ele fica devidamente perdoado por nos tirar o Oscar, como já fizeram nossos algozes italianos, quando “A Vida é Bela” ganhou de “Central do Brasil”.



Podem ir buscar a França nas locadoras, caros leitores, e levá-la sem culpa para dentro de sua casa. Bon voyage!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Oficina Cultural Carlos Gomes apresenta oficina de cinema para crianças e adolescentes.

A Oficina Cultural Carlos Gomes, unidade do projeto Oficinas Culturais da Secretaria de Estado da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, administrado pela POIESIS – Organização Social de Cultura, informa que continuam abertas as inscrições para a OFICINA DE CRIAÇÃO AUDIOVISUAL. A ideia da oficina é utilizar câmeras fotográficas, celulares, tablets e computadores – acessórios cada vez mais acessíveis – para orientar a produção de vídeos de curta duração, de modo que as crianças entendam mais sobre o processo de realização de filmes, programas de TV e demais conteúdos audiovisuais.





A atividade será coordenada por Lyara Oliveira que é videoartista, pesquisadora, produtora e diretora de TV, tendo trabalhado na Rede Globo e no canal Futura. Graduada em Comunicação Social – Rádio e TV e mestre em Artes Visuais, é professora universitária e desenvolve trabalhos experimentais em vídeo e fotografia.

A atividade é gratuita e as inscrições vão até dia 19/9. Inscreva-se!



Serviço:Oficina de criação audiovisual

Coordenação: Lyara Oliveira

21 e 28/9 – sextas-feiras:

Turma A: 8h às 11h

Turma B: 14h às 17h

Público: crianças entre 8 e 12 anos que possuam câmeras digitais em qualquer formato

Inscrições: 16/7 a 20/9

Seleção: primeiros inscritos

24 vagas (12 por turma)



Informações:

Oficina Cultural Carlos Gomes

Rua Senador Vergueiro, nº 122 (1º Piso) – Centro – Limeira/SP

(antiga Escola Einstein)

19 3442.9857
3495.1028


carlosgomes@oficinasculturais.org.br


www.oficinasculturais.org.br

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Concerto em homenagem aos 186 anos de Limeira

Em comemoração aos 186 anos da cidade, a Orquestra Sinfônica de Limeira (Osli), presta sua homenagem através de um concerto diversificado que relembrará obras populares brasileiras e internacionais como, “Garota de Ipanema” e “Chega de Saudade”, de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, “Memory”, “Don’t cry for me Argentina” (Reflexões Sinfônicas), de A. L. Webber, Caravan, de Duke Ellington, entre outras.

O concerto será realizado dia 15 de setembro às 20h, no Paço Municipal Waldemar Mattos Silveira, Edifício Prada com entrada gratuita.

A realização é da Prefeitura Municipal de Limeira, por meio da Secretaria Municipal de Turismo e Eventos, Secretaria Municipal de Cultura e Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira. A Orquestra Sinfônica de Limeira conta com patrocínio da CCR AutoBAn e Unimed Limeira, apoio institucional da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e apoio cultural de Limel Bagueteria, Floricultura Mercuri, Fotógrafo Paulo Pedron, AZ Design Independente, Musical Brasil Instrumentos, Virtú Produções Culturais e Artisticas, Foz do Brasil e Printness soluções.



Ana Paula Pires
Produção

terça-feira, 11 de setembro de 2012

“Noite da Canção Brega” no Teatro Vitória


Brega, mas chique. Assim promete a “Noite da Canção Brega”, promovida pela Associação Cultural dos Artistas Técnicos de Limeira (Acarte), com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura, que acontece nesta quarta-feira, 12, às 20h no Teatro Vitória.



As bandas convidadas para participarem desta noite são: Banda Pela Donna, Kelly Monteiro, Mandika e Estrela do Oriente, homenageando, os cantores, Falcão, Tiririca, Gretchen, Erasmo Carlos, Reginaldo Rossi, Sidney Magal, Roberto Carlos, entre outros. Muita música e diversão são garantidos em mais uma edição das Canções À L’Acarte.



Os ingressos estão sendo vendidos na bilheteria do Teatro a R$ 6 (inteira) e R$ 3 (meia ou com bônus da Acarte). A classificação indicativa é livre.



Outras informações podem ser obtidas no telefone do teatro, (19) 3451 6679.





Luane Tenório – Estagiária de Jornalismo
Departamento de Projetos Culturais
Prefeitura de Limeira/SP
Secretaria Municipal da Cultura
(19) 3451.0502

Teatro Vitória recebe o embaixador da Bossa Nova na França, Paulo Costa

Num clima romântico e intimista, o Teatro Vitória recebe o cantor, compositor, violonista e arranjador Paulo Costa, que apresentará o show que acaba de estrear na Europa “Saveur de Bossa” (Sabor de Bossa), que conta com a participação especial dos músicos Felipe Avila, Maurio Iazzi, Ale Damaceno e Beba Zanettini. Em curta temporada no Brasil, o cantor se apresenta na cidade na sexta-feira, 14 de setembro, às 20h. A atração vem pela Secretaria do Estado da Cultura, através do Circuito Cultural Paulista, em parceria com a Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura. A entrada é franca.



O show, visto por mais de 500 mil pessoas na Europa, visitou mais de oito países e participou de eventos de excelência como Europalia, Bicentario das Américas na (Unesco) Maison de la Radio em Paris. Recém chegado do verão europeu, o artista abriu as festividades no Palais du Festivals em Cannes, para pelo menos dez mil pessoas, antes de circular em inúmeros teatros e festiavais entre os meses de junho e agosto no país do Louvre.



Paulo Costa, nomeado o mais novo embaixador da Bossa Nova na França, apresentará um show em homenagem à sua grande influência musical, João Gilberto, um dos criadores e mais representativo nomes da Bossa Nova. “Hoba La la”, a sua primeira canção imortalizada no livro de Marc Fisher, terá uma releitura na voz e violão de Paulo Costa, num clima acústico com piano, contra baixo, bateria e uma guitarra jazz.



Outras releituras de João Gilberto e Tom Jobim também irão compor o show, bem como Trenzinho do Caipira de Villa Lobos e composições com a poeta Mabel Velloso, irmã de Caetano e professora primária de Paulo Costa, com quem realiza um dos maiores projetos de poemas musicados da história do país.



Sobre o cantor

Paulo Costa é baiano de Itapetinga, mas iniciou sua carreira em São Paulo como musico, baterista e produtor realizando no início dos anos 70 o compacto “Contos de Fraldas”, de Tom Zé e “Teu coração bate, o meu apanha” de Thiago Araripe e Décio Pignatari, um dos grandes poetas do movimento da poesia concreta.



Em 1988, depois de muitos anos vivendo em São Paulo Paulo Costa retorna a Salvador para inaugurar seu próprio estúdio de gravação, chamado “Tapwin" onde gravou e colaborou com diversos projetos de artistas locais como, por exemplo, Daniela Mercury, Ivete Sangalo (Banda Eva), Família Veloso no disco em homenagem a Sto. Amaro da Purificação.



Realizou trilhas para novelas produzidas para o mercado internacional e ainda no seu estúdio produziu o único disco do músico jamaicano realizado no Brasil, Jimmy Cliff.



No ano 2000 vai para ilha de Itaparica e se volta à literatura, elaborando novas canções e um novo projeto de viagem. Após esse período, Paulo Costa parte para a Europa e inicia uma nova fase em sua carreira.



Em 2009 é convidado pelo governo brasileiro para encerrar o Ano da França em Salvador, onde encontra sua professora primaria e uma das mais importantes poetas do Brasil Mabel Velloso, e musicando um de seus poemas, cria um novo projeto em benefício da educação musical, da preservaçao dos ritimos brasileiros e revalorizaçao da poesia a quatro maos com Mabel, aprovado pelo Ministério da Cultura, e que continua sendo desenvolvido.



Também em 2011 iniciou turnê com o contrabaixista de jazz Jacques Vidal, com participação de Pierre Barouhe e sua filha Maia Barouh, cantando a

versão de Samba da Benção. E neste ano, Costa está de volta ao Brasil, realizando sua turnê em São Paulo , trazendo um pouco do internacional com uma pitada de músicas francesas.



Os ingressos para o show serão distribuídos uma hora antes. A classificação indicativa é livre. Outras informações podem ser obtidas no telefone do Teatro, (19) 3451 6679.






Luane Tenório - Estagiária de Jornalismo
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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

PRESIDENTE SAI À NOITE PARA CAÇAR VAMPIROS




Por José Farid Zaine

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Não, não estou falando da Presidente Dilma saindo para descobrir os sanguessugas do dinheiro público, embora ela tenha sido valente e determinada. Falo do filme que estreia hoje em todo o Brasil, sobre um ícone da política americana, Abraham Lincoln, um herói para o povo dos Estados Unidos, e que agora vira um super-herói, como se fosse uma figura saída das HQ. É “Abraham Lincoln – Caçador de Vampiros”
(Abraham Lincoln – Vampire Hunter).



Vejam, caros leitores, a grande revelação que o filme nos traz: Abraham Lincoln, por testemunhar a morte da mãe por um vampiro quando ainda era um menino, traça para sua vida um destino insólito: caçar, até as últimas consequências, esses mortos- vivos eternos, até encontrar e destruir o assassino dela. Mais bombástica ainda é a constatação de que a Guerra de Secessão, nos anos 1860, tinham um outro grande
propósito: combater e eliminar vampiros que queriam dominar o País. Ah, há também a trágica história do filhinho de Lincoln com sua esposa Mary: ele tem o mesmo destino da avó, e é assassinado por uma  vampira...

Esta é uma revisão histórica e tanto! Mas o que esperar de um filme sobre vampiros quando Tim Burton está por perto? Ele não é o diretor, desta vez, tarefa deixada para o competente criador de “O Procurado”, o russo Timur Bekmanbetov, enquanto que para Burton ficou a produção. A insólita e rocambolesca aventura nasceu a partir do livro de Seth Grahame-Smith, que fez um roteiro pra lá de maluco, ao envolver numa história de vampiros o Presidente Lincoln, de conhecidíssima biografia.

Grahame-Smith já havia “aprontado” antes, juntando uma das mais celebradas obras de Jane Austen, “Orgulho e Preconceito” com Zumbis...Deu certo e ele vendeu muitos livros. Agora a nova maluquice vem para a tela grande e, apesar de tudo o que foi dito, o resultado – pasmem! – é um bom filme, uma aventura movimentadíssima, sempre interessante e que prende o espectador durante as duas horas de duração.

TUDO JUNTO E MISTURADO

Muita gente, levada pelo título esquisito, “Abraham Lincoln – Caçador de Vampiros”, pode confundir as coisas: trata-se de um filme histórico, sobre a vida de um dos mais amados presidentes norte-americanos, ou um filme sobre a Guerra de Secessão, ou um novo exemplar da onda vampiresca que inundou os cinemas nesta era de Crepúsculos e seus derivados? Bom, na verdade é tudo isso. Só que a mistura deu liga, o tempero até que ficou bem palatável. O resultado é um filme que, à parte as estranhezas, tem grandes qualidades: seu ritmo é frenético e não dá folga para o espectador. A história é atraente e vem bem ajeitada numa recriação de época boa, com um belo visual ajudado por direção de arte competente e figurinos adequados. A fotografia deixa a desejar, mas há bons momentos com o clima esperado para esse tipo de filme encaixado no gênero “terror”. A cena que mostra o alto e desengonçado Presidente, com sua cartola e seu sobretudo, numa cena noturna em que sua figura caminha por uma rua deserta, é um clichê e tanto, mas é bonita e emblemática.

O elenco segura tudo. O grandalhão Benjamin Walker, que parece filho de Liam Neeson, vencendo a disputa para o papel com muitos atores candidatos, sai-se muito bem na pele do Presidente com sua arma letal para os vampiros, um machado de prata que ele manipula como um artista de circo. Aliás, a sequência que mostra o aprendizado de Lincoln para se preparar e se transformar num matador de vampiros, é
muito boa. Rufus Sewell está muito bem como o vilão maior, e Dominic Cooper rouba a cena como o amigo de Lincoln, um vampiro do bem. Os efeitos especiais são muitos e valorizados pela utilização do 3D, mas é preciso ver o filme numa sala com ótima projeção e som de primeira.

“Abraham Lincoln – Caçador de Vampiros” cumpre seu papel de ser um divertimento bem acabado. A velocidade da ação é competente para segurar o espectador, mas há espaço para algumas doses de drama, comédia e romance.

Para curtir este filme é preciso deixar de lado os preconceitos e aceitar entrar no jogo de três malucos: o autor do livro e do roteiro, Seth Grahame-Smith, o produtor Tim Burton e o diretor Timur Bekmanbetov. Quem sabe a arrecadação de milhões de dólares nas bilheterias mostre que eles não são tão doidos assim.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Espetáculo “Agda” será apresentado amanhã no Teatro Vitória


O Teatro Vitória recebe nesta quinta-feira, 6, às 20h, o espetáculo “Agda”. A realização é da Secretaria de Estado da Cultura, através da Oficina Cultural Carlos Gomes, com o apoio da Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura.

“Agda” é uma adaptação do conto homônimo de Hilda Hilst, sobre uma mulher que rompe tabus e provoca a ira da comunidade onde vive. Abordando questões como a finitude da vida e a aparente incompatibilidade entre os desejos do corpo e do espírito, a encenação usa elementos de teatro e dança, transitando entre a prosa e a poesia, em um delicado jogo de construção e desconstrução de imagens e personagens.



O espetáculo é co-realizado pela Boa Companhia, cujo currículo eclético compreende montagens de Shakespeare, Nelson Rodrigues, Beckett e Kafka, e pelo Grupo Matula Teatro, indicado ao prêmio da Cooperativa Paulista de Teatro de Melhor Elenco em 2010. O espetáculo é dirigido por, Moacir Ferraz e traz no elenco Alice Possani, Melissa Lopes e Verônica Fabrini. A entrada é franca, e os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Teatro ou na sede da Oficina Cultural Carlos Gomes, que fica na rua, Senador, Vergueiro, 122, centro.



Serviço:Espetáculo: “Agda”Dia: Quinta-feira, 6, às 20h.

Classificação indicativa: 18 anos.

Local: Teatro Vitória

Entrada: Franca.



Outras informações o telefone do Vitória é: (19) 3451 6679, ou no blog, www.culturalimeira.blogspot.com.



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