Por José Farid Zaine
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Chegamos enfim à semana mais aguardada pelo mundo inteiro, quando se fala
Vi muita, muita coisa nas últimas semanas, ente pre-estreias, estreias e DVDs. Há excelentes filmes na safra deste ano, grandes nomes consagrados, gente que está despontando agora, coisas que não podiam ser indicadas, atores e atrizes esnobados pela Academia...enfim, tudo o que marca a entrega do Oscar todos os anos.
Vamos agora aos meus palpites:
MELHOR FILME
A categoria principal traz ótimos filmes como “O Artista”, “A Invenção de Hugo Cabret”, “Os Descendentes”, “A Árvore da Vida” e “Meia-Noite em Paris”. A lista poderia parar por aí, se ainda valesse a regra de dois anos atrás, quando eram 5 os finalistas. A Academia mudou o número para dez, e agora impôs novas regras, o que fez com que este ano fossem 9 os indicados. Agora o número pode variar de 5 a 10, pois somente os filmes que atingirem 5% dos votos dos membros da Academia para o primeiro colocado de cada lista, estarão entre os indicados...
Meu favorito: O ARTISTA, a bela homenagem de Michel Hazanavicius ao cinema americano, através de um filme sem diálogos e em preto e branco.
Segunda opção: o drama familiar americano “Os Descendentes”, de Alexander Payne.
MELHOR DIRETOR
Os 5 são magníficos e são os diretores dos meus filmes favoritos. Martin Scorsese é sempre garantia de um grande filme, e “A Invenção de Hugo Cabret” não foge à regra. Optando pelo 3D, Scorsese fez também sua declaração de amor ao cinema, homenageando os primórdios dessa arte, com as obras de Georges Mèliés como nunca foram vistas antes. Contudo, a originalidade, a criatividade e a emoção colocadas em “O Artista”, revelam ao mundo um talentoso diretor de grande futuro.
Meu favorito: Michel Hazanavivius, por “O Artista”.
Segunda opção: Martin Scorsese, “A Invenção de Hugo Cabret”
MELHOR ATOR
Entre o sorriso encantador de Jean Dujardin, a marca de “O Artista”, fico com a melhor interpretação da carreira de George Clooney, como o pai de família que precisa enfrentar uma reviravolta nas relações familiares, em “Os Descendentes”.
Meu favorito: George Clooney, em “Os Descendentes”
Segunda opção: Jean Dujardin, em “O Artista”
MELHOR ATRIZ
Um ano de grandes interpretações femininas, sobretudo pela criação espantosa de Meryl Streep como Margaret Thatcher. Na lista final falta Tilda Swinton, fantástica em “Precisamos falar sobre o Kevin”. É a grande ausente do Oscar 2012.
Minha favorita: Meryl Streep, por “A Dama de Ferro”
Segunda opção: Viola Davis, por “Histórias Cruzadas”.
MELHOR ATOR COADJUVANTE
Uma das grandes “barbadas” do ano ! A comovente e delicada interpretação de Christopher Plummer, como o viúvo que, depois dos 70 anos se declara gay e passa a curtir uma nova vida, ainda que marcada por um drama, é uma unanimidade!
Meu favorito: Christopher Plummer, por “Toda Forma de Amor” (Beginners).
Sem segunda opção...
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Briga boa nesta categoria. Em “Histórias Cruzadas” (The Help), Octavia Spencer dá um show como a empregada negra num tempo de brutais discriminações raciais nos EUA. Sua patroa, interpretada pela ótima Jessica Chastain também concorre com força. Berenice Bejo está maravilhosa em “O Artista”, assim como Janet Mcteer em “Albert Nobbs”, em que faz uma mulher que se faz passar por homem, do mesmo modo que a personagem de Glenn Close, nesse belo drama inglês.
Minha favorita: Octavia Spencer, por “Histórias Cruzadas”
Segunda opção: Janet Mcteer, por “Albert Nobbs”.
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL
Meu favorito: “Meia-Noite em Paris”, de Woody Allen
Segunda opção: “A Separação”, drama iraniano indicado a melhor filme estrangeiro.
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO
Meu favorito: “Os Descendentes”
Segunda Opção: “A Invenção de Hugo Cabret”
MELHOR EDIÇÃO (montagem)
Meu favorito: “A Invenção de Hugo Cabret”
Segunda Opção: “Millenium – Os Homens que não amavam as Mulheres”
MELHOR FIGURINO
Meu favorito: O ARTISTA
Segunda opção: “Anonymous”
MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL
Meu favorito: O ARTISTA
Segunda Opção: “A Invenção de Hugo Cabret”
MELHOR CANÇÃO ORIGINAL
Aqui não dá pra ser diferente: fica apenas minha grande torcida para “Real in Rio”, de Sergio Mendes e Carlinhos Brown, do filme “Rio”, de Carlos Saldanha. Infelizmente acho que vai dar “Man or Muppet”, do filme “Os Muppets”, bem melosa e mais ao gosto da Academia. Minha favorita, sem dúvida, é a nossa música brasileira.
DIREÇÃO DE ARTE
Meu favorito: “A Invenção de Hugo Cabret”
Segunda opção: “O Artista”
MAQUIAGEM
Tanto “Albert Nobbs” (com uma Glenn Close irreconhecível como homem, assim como Janet McTeer) quanto “Harry Potter” e “A Dama de Ferro” tem maquiagens dignas de prêmios. Fico com a caracterização impressionante de Meryl Streep em “A Dama de Ferro”.
FOTOGRAFIA: Todos os finalistas aqui merecem ganhar. São esplêndidos todos os trabalhos indicados.
Meu favorito: “A Árvore da Vida”
Segunda opção: “A Invenção de Hugo Cabret”
DOCUMENTÁRIO DE LONGA METRAGEM
Vi apenas um dos concorrentes, mas duvido que haja outro à sua altura: trata-se do excelente documentário dirigido pelo alemão Wim Wenders sobre a coreógrafa e dançarina Pina Bausch. “PINA” é sensacional, assim como a obra da artista retratada nele.
MELHOR FILME
Aqui temos outra possível “barbada”: celebrado em todo o mundo, o drama iraniano “A Separação” vem arrebatando críticos, jurados de festivais e público. Não podia ser diferente, pois o filme é absolutamente sensacional e é o meu favorito. Aliás, um dos melhores que vi nos últimos anos.
MELHOR EDIÇÃO DE SOM
Meu favorito: “A Invenção de Hugo Cabret”
Segunda opção: “Cavalo de Guerra”
MELHOR MIXAGEM DE SOM
Meu favorito: “A Invenção de Hugo Cabret”
Segunda opção: “Cavalo de Guerra”
MELHORES EFEITOS VISUAIS
Meu favorito: “O Planeta dos Macacos – a origem”
Segunda opção: “A Invenção de Hugo Cabret”.
MELHOR ANIMAÇÃO
Aqui deveria estar, com certeza, o lindo “Rio”, de Carlos Saldanha. Como não está, meu favorito entre os que ficaram é o engraçadinho “RANGO”. Sem segunda opção.
Aí estão os meus palpites, resultado de uma deliciosa maratona pelos cinemas...e desejo que meus leitores e leitoras vejam todos esses filmes, usando horas de seu tempo para usufruir dessa arte tão completa, que nos dá tanta emoção e tanto prazer. Nós todos merecemos.