sexta-feira, 26 de abril de 2013

LÁGRIMA E ESQUECIMENTO



Por José Farid Zaine
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A LÁGRIMA

No final dos anos 1960, um escritor que tentava há tempos o sucesso, alcançou-o de uma forma que talvez nem ele esperasse...”Rosinha, Minha Canoa”, lançado em 1962,  foi uma febre e abriu-lhe as portas para a vitória no difícil mercado editorial brasileiro. Falo de José Mauro de Vasconcelos, que já havia publicado  antes”Banana Brava”, “Barro Blanco”, “Arara Vermelha”, “Doidão” e “Confissões de Frei Abóbora”, entre outros . Se “Rosinha” foi bem nas vendas, o estouro veio com “O Meu Pé de Laranja Lima”, em 1968, sucesso instantâneo e que se transformou num dos livros brasileiros mais lidos e traduzidos de todos os tempos.
A história da infância de um menino, Zezé, que tinha “o diabo no corpo”, por conta de suas incansáveis travessuras, que apanhava do pai bêbado a quem tentava ajudar, que fez amizade com um homem bem adulto, a quem chamava “Portuga”, que conversava com um pé de laranja-lima no quintal de sua casa pobre, comoveu milhares de leitores e, como não poderia deixar de ser,no caso de ter se transformado num best-seller, foi logo adaptado para o cinema e para a TV. Em 1970 surgiu a primeira versão para o cinema, dirigida por Aurélio Teixeira. Virou novela na extinta TV Tupi, também em 1970, e recebeu novas adaptações para folhetins da Bandeirantes em 1980 e 1998. A novela da Tupi , escrita por Ivani Ribeiro, tinha Eva Wilma e Nicette Bruno no elenco. Dionísio Azevedo estava na versão de 1980 da Bandeirantes, e Gianfrancesco Guarnieri na de 1998, adaptada por Ana Maria Moretzsohn.
A nova versão para a tela grande  concluída  em 2012 e que chegou aos cinemas neste abril de 2013 gerou muitas expectativas positivas. Não era para menos: o roteiro foi escrito por Marcos Bernstein, que dirige o filme e  que fez o roteiro do maravilhoso “Central do Brasil”; o elenco contou com José de Abreu, experiente ator vindo do recente megasucesso da TV “Avenida Brasil”, e que aqui aparece com um estranho sotaque que vai e volta;  a figura principal do romance, o menino Zezé, foi interpretado pelo filho do cantor Leonardo, o talentoso e simpático garoto João Guilherme Ávila;  o popular ator da novela “Salve Jorge” e outros sucessos da Globo, Caco Ciocler, fez Zezé adulto...some-se a isso tudo uma ótima fotografia, uma linda trilha sonora, e teremos um excelente filme, certo? Errado. O atual “Meu Pé de Laranja Lima” é como aqueles bolos com ótimos ingredientes, mas que “desanda” ao se preparar a receita, na linguagem das donas de casa. Dá pra comer esse bolo, mas falta um recheio mais saboroso. Adoraria dizer que a obra de Marcos Bernstein faz jus ao seu talento,  é um filme maravilhoso, que fará bonito no mercado interno e internacional, mas não dá para tanto. Mas quem sabe caia no gosto do público e arraste multidões ao cinema, o que parece atualmente acontecer apenas com comédias do tipo “Vai que Dá Certo”...



O ESQUECIMENTO
Não foi só o cinema brasileiro que nos deu um daqueles filmes cheios de boas intenções, como este “Meu Pé de Laranja Lima”, nas últimas semanas. Veio dos EUA mais um blockbuster estrelado por Tom Cruise e Olga Kurylenko , dirigido por Joseph Kosinski, o longa de ficção científica “OBLIVION”, outro exemplar de um gênero difícil e que jamais parece esgotar o tema da Terra destruída e dominada por alienígenas. “OBLIVION”, que significa “esquecimento”, no sentido de apagamento total da memória original de um indivíduo, tem as qualidades do gênero: direção de arte inovadora e competente, música apropriada, fotografia perfeita, efeitos visuais e sonoros de ótima qualidade, o onipresente Morgan Freeman no elenco... entretanto um roteiro com surpresas e reviravoltas nem sempre interessantes conduz o espectador até o final, mas só até aí. Depois é o esquecimento.
Fiquemos assim: num período de fracos lançamentos no cinema dá para gastar uma lágrima com “Meu Pé de Laranja Lima” e tentar acreditar que Tom Cruise é o salvador do Planeta.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

CINEMA PARA AMOLECER CORAÇÕES

Por José Farid Zaine
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Em tempos de discussões acirradas sobre a conveniência da permanência do Deputado Marco Feliciano como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, em virtude de suas desastrosas declarações que tem provocado espanto e indignação em todo o País, voltemo-nos um pouco para os filmes que tratam de preconceitos raciais e sexuais, para vermos que o cinema nunca abandonou esses temas, e que eles são bem antigos...Desde que existe a civilização é impossível relatar o quanto seres humanos, sempre iguais desde a Criação, sofreram e morreram por serem diferentes da maioria, ou por não se submeterem a regras absurdas de sociedades ou religiões que desejam manipular os cidadãos, tirando-lhes a liberdade de escolha e de expressão.
Vejamos o caso do preconceito racial. Olhando hoje para os Estados Unidos, onde um negro é Presidente da República, e por consequência desse cargo ele pode ser considerado o homem mais poderoso do Planeta, e voltemo-nos  para um passado nem tão remoto, nesse mesmo país,  onde negros simplesmente eram considerados seres menores, obrigados a viver sob regras desumanamente segregadoras, que os transformavam em párias da sociedade. Foram necessárias décadas de sofrimento para que o “sonho” de Martin Luther King se materializasse e hoje um extraordinário avanço se transformasse em realidade. A luz amarela, contudo, precisa ficar sempre acesa, para que qualquer ameaça de retrocesso seja imediatamente rechaçada. Comparemos o cenário de “Imitação da Vida” (Imitation of Life), lindo melodrama de Douglas Sirk, com a atualidade. Nesse filme, a história de uma mulher branca (Lana Turner) que faz sucesso ajudada por sua criada negra (Juanita Moore), o lado mais cruel do racismo é mostrado: a filha, branca, renega a própria mãe, negra. A cena em que Mahalia Jackson canta um spiritual no velório da mãe negra é emblemática e comovente, e é capaz de derreter o mais gelado dos corações... Criadas negras quase escravizadas foram retratadas no recente “Histórias Cruzadas” (The Help), com um elenco fabuloso de grandes atrizes negras como Viola Davis, indicada ao Oscar de melhor atriz  e Octavia Spencer, vencedora como atriz coadjuvante.
Uma revisão necessária vale também para  o belíssimo “O Sol é Para Todos” (To Kill a Mockinbird), de Robert Mulligan, de 1962, em que uma mulher branca acusa um homem negro de estupro, sendo ele claramente inocente, mas antecipadamente condenado por uma sociedade medíocre e racista, numa pequena cidade sulista dos EUA nos anos da depressão. Gregory Peck, magnífico como o advogado que enfrenta tudo para defender o negro, ganhou o Oscar de melhor ator, merecidíssimo.
Mas não apenas o sofrimento dos negros, por conta da cor da pele, deu tema a grandes filmes. Spielberg, que fez  “A Cor Púrpura” e lançou Whoopi Goldberg ao estrelado, debruçou-se sobre o holocausto e daí tirou um drama cheio do horror da guerra e da perseguição aos judeus, mas também cheio de humanidade e solidariedade: “A Lista de Schindler”, vencedor de 7 Oscars. Incontáveis obras da sétima arte cumpriram o papel do cinema de registrar um dos mais dolorosos períodos da História da Humanidade, em que a mente diabólica de Adolf Hitler, com seu monstruoso propósito de limpeza étnica, escreveu a mais repugnante página dessa História.

AMORES CLANDESTINOS
E os homossexuais? Vítimas de leis cruéis e políticas hipócritas, estão vendo agora em todo o mundo acontecerem mudanças positivas em função de suas antigas reivindicações, que vem retirando as relações homoafetivas dos guetos e da clandestinidade. O chamado “casamento gay”, que dá às pessoas do mesmo sexo o direito à união civil, já é uma realidade em muitos países do mundo. Os que não se abriram a essa discussão terão de fazê-lo, é inevitável. Porque as sociedades, através dos tempos, precisaram sempre se incomodar com a escolha sexual das pessoas? Filmes magníficos também acrescentaram, se não foram todas as respostas, elementos fundamentais para a reflexão do público. Basta ver (ou rever) “Milk”, sobre a militância de um político gay, com a premiada atuação de Sean Penn (Oscar de melhor ator), o belo e sofrido caso de amor entre dois cowboys em “O Segredo de Brokeback Mountain”, dirigido por Ang Lee, ou o clássico de William Wyler ( o mesmo diretor de Ben-Hur, em que uma atração homossexual é fortemente sugerida entre as personagens viris de Ben-Hur e Messala) , o contundente drama “Infâmia” (The Children´s Hour), com as soberbas interpretações de Audrey Hepburn e Shirley MacLaine.



Busquemos por esses filmes nas locadoras, nas lojas, nos sites de vendas de filmes. Veremos que, diante de obras maravilhosas como essas, até os cérebros mais emparedados e os corações mais duros tenderão a amolecer...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

SOBRE JESSICA E JACK


Por José Farid Zaine
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“Mama”,que estreia hoje no Brasil, tem um nome usado como chamariz, que é o de Guillermo Del Toro, mas ele não é o diretor, é apenas produtor. O diretor é um de seus discípulos, Andrés Muschietti. Del Toro passou a ser uma marca respeitada desde o lançamento de “Labirinto do Fauno”, que ganhou 3 Oscars (teve seis indicações), e que usa o recurso do fantástico para explicar a dura realidade que cerca as personagens. “Mama” parecia querer beber na mesma fonte, mas tomou outra direção, a dos remakes de filmes japoneses de terror que fizeram muito sucesso no mundo todo, como “O Chamado”.



Em “Mama” temos a presença importante de Jessica Chastain, uma das atrizes mais requisitadas da atualidade e que está num dos melhores filmes de 2012, “A Hora Mais Escura”,pelo qual foi indicada ao Oscar. Recentemente ela também foi indicada para melhor atriz coadjuvante por “Histórias Cruzadas” (The Help), depois de ter sido muito elogiada por sua atuação no belíssimo “A Árvore da Vida”(The Tree of Life), de Terrence Malick, de 2011. Ela está  no magnífico “O Abrigo” (Take Shelter), de Jeff Nichols, também  de 2011. Todos merecem ser vistos para que se confirme a versatilidade da atriz.
 Em “Mama” Jessica Chastain  está morena e de cabelos curtos, muito bonita como uma roqueira que mora com o namorado e que celebra por não estar grávida...uma tragédia envolvendo o irmão gêmeo de seu companheiro, coloca-a diante de um desafio surpreendente, o de cuidar de duas meninas que ficaram isoladas num casebre em uma floresta por 5 anos. Ao cuidar das crianças, ao mesmo tempo em que um psicólogo pesquisa a história de uma entidade mencionada pelas meninas, ela desenvolve o instinto maternal e passa a protegê-las, causando ciúme na tal entidade, a quem as crianças chamam de “Mama”e que, a seu modo, as teria protegido e alimentado no tempo em que permaneceram na floresta.
“Mama” tem um início dramático e perturbador, causa alguns sustos, tem um clima permanente de terror, mas abusa dos clichês. Poderia ser um grande filme do gênero, mas perdeu muito ao se igualar a outros exemplares do mesmo tipo, ao invés de fugir deles, rumo a um desenrolar que poderia ser muito mais criativo.


JOÃO E O PÉ DE FEIJÃO
A clássica história infantil “João e o Pé de Feijão” chegou ao cinema pelas mãos de um diretor que não brinca em serviço, o ótimo Bryan Singer, que nos deu um filme premiado e aclamado em 1995, “Os Suspeitos”, e depois conduziu com classe os blockbusters “X Men” e “X Men 2”. A sua experiência anterior foi fundamental para que “Jack, o Caçador de Gigantes” não se transformasse numa aventura infantiloide e ridícula, como é o caso recente de “Oz – Mágico e Poderoso”, um fiasco apenas artístico, porque já arrecadou milhões de dólares nas bilheterias.
“Jack”, que estreou na semana passada no País,  agrada pelo seu visual caprichado, pelos abundantes e competentes efeitos especiais, pelos toques de poesia e encantamento que as fábulas merecem, pelo humor delicado e pela originalidade de seus monstros, tão divertidos quanto cruéis. Um ótimo passatempo.



Se alguém estiver em dúvida entre abrir o tenebroso armário de “Mama” e topar com seus fantasmas, e viajar para uma terra de gigantes famintos a bordo de um veloz pé de feijão, ajudando Jack a salvar a Princesa, recomendo que vejam os dois: afinal, merecemos emoções diferentes, e é certeza de que nem “Mama” e nem “Jack” pararam por aí.

terça-feira, 2 de abril de 2013

QUEM FOI O MELHOR JESUS?



Por José Farid Zaine
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Hoje estreia a peça Via-Sacra, em sua vigésima terceira edição, mantendo uma tradição que iniciamos no ano de 1990, no governo do Prefeito Paulo D´Andréa. A encenação acontece no Parque Cidade de Limeira, às 20h, havendo apresentações no mesmo horário amanhã e depois. Assina a direção Jonatas Noguel, e quem faz Jesus é o jovem ator Matheus Gonçalves. Amanhã acontece também a “Via-Sacra no Morro da Penitência”, no Jardim Olga Veroni, iniciada com o saudoso Padre Maurício, da Paróquia Santa Luzia. Desde sua criação até 2005, a “Via-Sacra” acontecia na Praça Toledo Barros. Quando tivemos a ideia de fazer a grandiosa montagem na Praça, foi em função da história de que o arquiteto que projetou a Gruta colocou nela 33 degraus, uma referência à idade que Jesus tinha ao ser crucificado. O fato, curioso, nos motivou a usar o cartão postal  de Limeira  como o cenário do Calvário, da Crucificação e da Ressurreição, um cenário perfeito bem no meio da Praça central da cidade. O primeiro diretor foi Carlos Jerônimo Vieira e o primeiro Jesus foi Vicente Mosciaro Neto, até hoje lembrado por sua incrível performance. Vieram outros diretores, outros atores, houve a necessidade de mudança de local, mas o espetáculo continua, e esperamos que tenha vida longa. Nos anos 1960 foi encenada a “Paixão” na Catedral Nossa Senhora Das Dores, com Emiliano Bernardo Silva no papel de Jesus.
Assim como aqui em Limeira  e em dezenas de cidades pelo Brasil afora, a Paixão de Cristo é um dos temas mais recorrentes no teatro popular. Eu mesmo escrevi e dirigi o “Auto da Paixão”, há onze anos encenado em diversas comunidades, tendo sido levado até a Catedral da Sé e Igreja Nossa Senhora do Brasil, em São Paulo, sempre com elenco de limeirenses.
O cinema nos deu grandes filmes sobre Jesus, principalmente sobre sua morte e ressurreição. Recentemente causou polêmica mundial o filme de Mel Gibson, “A Paixão de Cristo”. Jim Caviezel compôs um Jesus dilacerado, com o corpo retalhado por chibatas cheias de artefatos pontiagudos, cortantes. Nunca o sangue de Jesus jorrou tanto na tela, misturado a poeira, suor e lágrimas. A interpretação de Caviezel ficou amarrada às suas sessões de tortura extremamente violentas.
Os olhos azuis de Robert Powell, e sua cabeça envolvida por um manto rústico, são as imagens que ficam do filme de Franco Zeffirelli, “Jesus de Nazaré”, inicialmente uma minissérie para a TV Britânica. Sempre em busca de um visual elegante, o diretor de “Romeu e Julieta” conseguiu fazer um filme bastante popular, principalmente pela docilidade da personagem principal e pela beleza plástica da obra.
Não muito visto por grandes plateias, mas obrigatório para quem curte cinema de ótima qualidade e gosta do tema, está o filme canadense de Denys Arcand, “Jesus de Montreal”, sobre a montagem de uma peça sobre a Paixão de Cristo em Montreal. O ator é Lothaire Bluteau.
Willem Dafoe deu uma cara estranha para Jesus,tornando-o mais humano do que divindade,  no mais polêmico filme de Martin Scorsese, “A Última Tentação de Cristo”. Belo filme e ótima criação de Dafoe.
Um Jesus diferente, até por conta do que é dito no texto original de Ariano Suassuna, é o ator negro Maurício Gonçalves na comédia dramática “Auto da Compadecida”, minissérie da Globo depois transformada em longa para o cinema.
Numa superprodução dirigida por George Stevens, “A Maior História de Todos os Tempos” o ator sueco Max Von Sydow foi quem emprestou o rosto para Jesus. O filme é de 1965 e obteve 5 indicações ao Oscar.
Com muito menos glamour, a história de Cristo foi contada de forma extremamente realista por Pier Paolo Pasolini, em preto e branco e com um elenco que incluiu gente do povo, sem nenhuma experiência anterior, o que conferiu mais autenticidade à narrativa. Jesus era interpretado por Enrique Irazoqui.
“Jesus Cristo Superstar” e “Godspell – A Esperança”, nos trouxeram Cristo através da música,em grandes sucessos da Broadway adaptados para a tela grande. Ted Neeley foi o Jesus cantor de “Superstar” e um Cristo hippie, de cabelos encaracolados, soltou a voz em “Godspell”, na interpretação de Victor Garber.
Mas quem deseja escolher a face de Jesus no cinema jamais pode deixar de ver “O Rei dos Reis”, belíssimo filme de Nicholas Ray, com uma trilha sonora empolgante e até hoje usada em espetáculos do gênero, e com o ator Jeffrey Hunter interpretando Jesus. Seria ele o melhor Jesus do cinema? Ele é considerado o mais belo, com seu ar de divindade e seus famosos  olhos azuis.
Assistam a outros filmes, caros leitores e leitoras. Descubram o prazer de ver o mesmo tema tratado de formas completamente diferentes. E escolham aquele ator que, por seu olhar, sua postura, sua voz, mais tenha se aproximado da imagem que vocês criaram do filho de Deus. Muitos atores podem ser citados como “Melhor Jesus” do cinema, mas só um , o próprio Jesus, poderá ter o título de “ O Melhor dos Homens” !