Por José farid Zaine
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A primeira sensação que temos,
com as primeiras sequências de “Homem de Ferro 3”, que estreou na semana
passada em 1223 ( recorde absoluto, superando “Amanhecer –Parte 2”) salas
brasileiras, é a de que já vimos este filme. O trailer, bombardeado sobre os espectadores
de nossos cinemas há pelo menos um ano, é um dos responsáveis por essa
sensação... Contudo, e ainda bem, logo nos deparamos com um divertimento de
primeira, muito bem feito, envolvente, ágil, e parecendo justificar o seu
orçamento milionário.
“Homem de Ferro 3” é o melhor da
série, creditando-se essa qualidade toda principalmente à direção de Shane
Black. Robert Downey Jr. carrega o filme, como sempre, mas neste terceiro
exemplar ele parece muito mais à vontade, explorando a ironia, o humor e a fragilidade
humana. Não por acaso, ele passa muito tempo sem seu famosíssimo traje, e seu
lado humano tem destaque. São divertidos seus ataques de pânico e seus diálogos
afiados, produtos de um roteiro bem costurado. É interessante ver o super-heroi
despojado, sofrendo e apanhando como um mortal comum, já que o que lhe dá
poderes é a alta tecnologia do seu traje. Os trajes, por sua vez, ganham vida e
garantem algumas das mais movimentadas cenas.
Há sequências espetaculares em
“Homem de Ferro 3”, como a destruição da casa de Tony Stark, e o salvamento de
11 pessoas ejetadas do avião presidencial durante um ataque dos vilões.
O que se espera de um blockbuster
exaustivamente anunciado e que consumiu milhões de dólares em sua produção?
Diversão, naturalmente. E nisso o filme não decepciona, cumprindo muito bem a sua função.
E vejam, quem, obviamente, é a
companhia digamos, oficial, de Robert Downey Jr: é a loura mais comentada da
semana no quesito “celebridade”, Gwyneth Paltrow, a intérprete de Pepper Potts.
Ela conseguiu a proeza de ser eleita a mais bela do mundo pela revista People,
e a mais odiada personalidade pela revista Star. Esse antagonismo estranho veio
de duas coisas bem conhecidas sobre a atriz premiada com o Oscar em
“Shakespeare Apaixonado”: sua decantada beleza e seu comentado “gênio forte”...
Outra companhia para Downey Jr. é
a de Guy Pierce, como o vilão do momento, o cientista Aldrich Killian.
Importa muito a história, quando
se trata de mais uma aventura de um super-heroi? Nem tanto. Importa mais a
forma com que essa aventura será saboreada, quantos efeitos visuais inovadores
surgirão, e quanto o mocinho e a mocinha deverão sofrer até que os vilões sejam
devidamente reduzidos a pó. Isso vale desde que o cinema foi criado.
Em “Homem de Ferro 3” há que se
fazer justiça à escalação do elenco, excelente. Além dos três principais, temos
a presença de Don Cheadle, ótimo ator consagrado pelo belo e contundente “Hotel
Ruanda”, pelo qual foi indicado ao Oscar de melhor ator. E como o estranho e
interessantíssimo Mandarim, nada mais, nada menos que Ben Kingsley,
irreconhecível, mas sempre um grande ator. Sim, Kingsley é o intérprete de
Gandhi, papel que lhe deu o Oscar de melhor ator no filme homônimo dirigido por
Richard Attenborough , e que ganhou também como Melhor Filme (1983).
Bem, já que temos um programa
divertido pela frente, vamos curtir essa aventura legal, prova de que existe vida inteligente
no tratamento aos super-herois. E para aproveitá-la inteiramente, procuremos uma
boa sala, com projeção em 3D e som muito, muito bom. Aí dá até pra encarar o
cheiro de manteiga das pipocas e os adolescentes barulhentos...
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