terça-feira, 30 de outubro de 2012

Texto de Plínio Marcos, “A Bola da Vez” será encenado no Teatro Vitória

Peça leva a paixão do futebol para o palco do Vitória



Com o humor generoso do escritor e dramaturgo Plínio Marcos agregado à interpretação da Cia Letras Em Cena, o palco do Teatro Vitória recebe pela primeira vez o espetáculo “A Bola da Vez”. O espetáculo faz parte da programação do Circuito Cultural Paulista, projeto de realização da Secretaria do Estado da Cultura, em parceria com a Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura e coprodução da Associação Paulista dos Amigos da Arte (APAA).



O texto e direção é de Graça Berman, com base na adaptação das crônicas e contos de Plínio. O projeto “A Bola da Vez”, da Cia Letras em Cena, tem o objetivo de levar para o teatro a visão sobre futebol.



Trata-se de uma comédia dramática, que coloca em cena a paixão de Plínio Marcos pelo futebol, além de apresentar temas diversificados, como peneiras, suborno, ditadura, censura, rivalidades e futebol de várzea. Plínio cria personagens brasileiros que lutam para sobreviver, mas nunca desistem, enfrentando as suas dificuldades com paixão, humor e malícia.



O elenco traz: Décio Pinto, Ana Arcuri, Fabricio Garelli, Gira de Oliveira, Jota Barros, Ricardo Pettine e Tania Luares, assistente de direção: Guilherme Motta, iluminação: Davi de Brito, trilha sonora: Raul Teixeira e cenografia e figurinos assinados por: Kleber Montanheiro.



Plínio Marcos
Plínio Marcos de Barros escritor, teatrólogo e dramaturgo brasileiro. Natural de Santos/SP, nasceu em 1935 e morreu em 1999.





Depois de tentar tornar-se jogador de futebol e trabalhar como palhaço de circo por cinco anos, escreveu, aos 22 anos, sua primeira peça, "Barrela”. A partir daí Plínio integrou o elenco de companhias amadoras de teatro. Depois, transferiu-se para São Paulo, no início da década de 60, onde participou da criação do Centro Popular de Cultura. Plínio Marcos foi um dos primeiros a retratar a vida dos submundos de São Paulo.





Entre suas principais obras, estão: "Dois Perdidos Numa Noite Suja", "Navalha na Carne", "Quando as Máquinas Param" e "Madame Blavatsky".





O espetáculo, que será apresentado neste feriado, 2 de novembro, às 20h, no Teatro Vitória, tem entrada franca. A duração é de 90 minutos e a classificação indicativa é de 13 anos. Haverá liberação de ingressos uma hora antes da apresentação.



Mais informações podem ser obtidas no telefone do Vitória: (19) 3451 2675.


Secretaria da Cultura
Departamento de Projetos Culturais
Prefeitura de Limeira /SP
(19) 3451 0502

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O INÍCIO, O FIM E O MEIO


Por José Farid Zaine
farid.cultura@uol.com.br
Twiter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine



Logo no início as cenas de “Easy Rider” e a presença de Elvis Presley nos dão um resumo sobre o biografado: veremos a história de um rebelde, um inquieto, um visionário, um revolucionário, enfim. Assim foi Raul Seixas. Sua obra é a maior prova do poder que o artista tem de mudar o seu tempo, as cabeças das pessoas. É impressionante a sobrevivência da música de Raul, refletida na atualidade delas e na fidelidade de uma multidão de fãs, já multiplicados em uma nova geração.



O documentário de Walter Carvalho, “Raul – O Início, O Fim e o Meio”, é um filme obrigatório para os amantes da música popular brasileira, do rock nacional, para os estudiosos da nossa história recente, enfim, para todos os brasileiros. A primorosa edição transforma a obra em um filme emocionante, envolvente, realmente capaz de captar as nuances de um compositor e cantor que deixou marcas indeléveis na história de nossa música. “Toca Raul!” , grito dos fãs em quase todos os shows, passou a ser um bordão repetido à exaustão, significando muito mais do que pedir a banda para executar músicas do repertório do ídolo. Siginifica a presença dele, intensa e irreversível, mais de 20 anos depois de sua morte, e o desejo de se ouvir música boa que tenha algo a dizer, coisa tão rara nesses nossos tempos de “oi, oi, oi”.



Os documentários costumam pecar por suas longas e monocórdias entrevistas. Aqui não é o caso. As entrevistas em “Raul – O Início, o Fim e o Meio” são ótimas, muito bem aproveitadas, algumas delas se transformando em belos momentos, como Caetano Veloso cantando “Ouro de Tolo”, uma das mais significativas composições de Raul, revolucionária e que trazia uma semente do rap, com sua letra praticamente falada, mesmo havendo uma melodia que também se tornou inesquecível. Incrível verificar, hoje, como a censura daqueles anos de chumbo, rigorosíssima na época do auge da ditadura militar, não a tenha proibido. Talvez a censura tenha sido tão burra, que não conseguiu captar o pleno significado da letra.



Walter Carvalho dosou com competência e sensibilidade os depoimentos de Caetano, Paulo Coelho, Tom Zé, Pedro Bial, amigos, filhas, ex-esposas. E Raul esteve presente, de corpo inteiro, nas suas entrevistas, nas suas aparições polêmicas, nas imagens preservadas de sua passagem pelos palcos em shows arrebatadores, nos clipes exibidos na televisão. Um dos momentos mais tocantes é justamente uma das gravações mais antigas da TV, ainda em preto e branco, quando ele canta “Maluco Beleza”, que juntamente com “Gita”, “Metamorfose Ambulante” e “Sociedade Alternativa” jamais deixam de estar presentes nas seleções de favoritas dos seus fãs, transformados em verdadeiros seguidores.



O filme de Walter Carvalho não esconde nada sobre o ídolo: traz as imagens de sua rebeldia de adolescente, quando se apaixonou pelo filme “Balada Sangrenta” (King Creole), com Elvis Presley, e passou a ser influenciado pelo rock e pelos grandes músicos norteamericanos, passa por sua trajetória até chegar ao estrelato, e revela sua incursão pelo mundo das drogas e das bebidas. Paulo Coelho não esconde o fato de ter sido ele a apresentar as drogas ao parceiro, mas num tempo, segundo ele, em que “já era casado, tinha uma filha e sabia o que estava fazendo”! Surgem, nos diversos depoimentos, histórias dramáticas sobre o “começo do fim” de Raul, quando já não havia mais controle sobre a bebida e as drogas, e ele passou a não cumprir compromissos, a causar problemas em agendas de shows. O cantor Marcelo Nova surgiu como um “salvador”, tirando Raul do ostracismo, já que as gravadoras e os produtores musicais passaram a fugir dele. No período em que já estava bem doente, Nova levou Raul para um show seu, o que viria depois a se transformar numa maratona de 50 shows. Teria sido isso um motivador do agravamento da saúde do ídolo do rock nacional? Teria Marcelo Nova se aproveitado do sucesso de Raul para se promover? Até mesmo essas questões contundentes são tratadas, com depoimentos do próprio Marcelo Nova, e de Caetano, que diz não acreditar que Raul tenha sido usado ou prejudicado. O certo é que a vida, para Raul Seixas, era a música, era o palco, era a possibilidade de expor um talento enorme para comunicar ideias através do seu som inconfundível.



“Raul – O Início, O Fim e o Meio” está disponível nas locadoras. Não se trata de um filme destinado apenas aos milhares de fãs, mas de uma obra fundamental para a compreensão de um dos maiores gênios de nossa cultura popular, na verdade, de um ícone da contracultura. Com seus retalhos, e sem ser panfletário, o filme é também um registro precioso de um período da história do Brasil, do auge da ditadura até a chegada da democracia, quando Raul se despediu da vida.



Eu, que amo os festivais de música e já produzi tantos, não posso me esquecer daquele choque maravilhoso que foi a música “Let Me Sing”, no palco do Festival Internacional da Canção do Rio, quando a figura e a irreverência de Raul marcaram definitivamente o início de uma fascinante história, e da construção de verdadeiros “hinos” que habitarão para sempre os ouvidos e os corações dos brasileiros.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

“Elvis Vive” no Teatro Vitória

Relembrando os grandes sucessos do rei do rock, Elvis Vintage, o cover de Elvis Presley, interpretará no palco do Teatro Vitória, músicas dos anos 50 a 70, em homenagem a Elvis. O show acontece amanhã, sexta-feira, 26, às 20h.





Em apresentação única, o cover busca arranjos, trajes e melodias da época, trazendo o verdadeiro show de Elvis, com a mesma energia que o rei levava ao público.



Os ingressos estão disponíveis na bilheteria do Teatro Vitória, e custam, R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia, bônus ou doando um litro de leite). A realização é da banda Elvis Vintage, com o apoio da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura.



A classificação indicativa é livre. Outras informações podem ser obtidas no telefone do teatro, (19) 3451 6679.



Serviço:



“Elvis Vive”
Dia – 26, sexta-feira, às 20h
Entrada: R$ 20(inteira) R$ 10 (meia, bônus ou com a doação de 1 litro de leite).
Local: Teatro Vitória – praça Toledo Barros, s/n, centro.



*Nota: Foto – Elvis Cover. Crédito: Divulgação.



Secretaria da Cultura
(19) 3451 0502
Culturalimeira@yahoo.com.br
www.culturalimeira.blogspot.com
www.facebook.com/culturalimeira
www.twitter.vom/culturalimeira

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Academia Limeirense de Letras é declarada de utilidade pública

O projeto que transforma a Academia Limeirense de Letras (ALLe) em uma entidade de Utilidade Pública, apresentado pelo vereador José Farid Zaine (PDT), foi aprovado em plenário na sessão da última segunda-feira, 12.

O título de Utilidade Pública garante às entidades, associações civis e fundações o reconhecimento como instituições sem fins lucrativos e prestadoras de serviços à sociedade. Entidades sem fins lucrativos são aquelas capazes de reverter em finalidades estatutárias ou em manutenção e expansão do próprio negócio todos os lucros obtidos em atividades comercial, industrial e de serviços desenvolvidos por ela.



Somente as entidades legalmente constituídas no Brasil podem obter o título de Utilidade Pública. As exigências incluem a necessidade de funcionamento da instituição há pelo menos dois anos, sem a remuneração dos seus dirigentes, e a promoção de atividades compatíveis com o Título.

Membros da Alle estiveram na Câmara e acompanharam a votação. Para Farid, foi um orgulho ter apresentado a proposta e vê-la aprovada.

A presidente da Academia, Simone Portela, utilizou a Tribuna Livre para agradecer aos vereadores e afirmou que trata-se de um avanço cultural e de reconhecimento especial da cidade frente ao trabalho desenvolvido pela ALLe. “Sinto uma enorme alegria e com certeza nossos 40 membros estão honrados com essa atitude”, disse ela.


Assessoria de Imprensa
Câmara de Limeira / SP

OUTUBRO DE AMENIDADES E TERRORES

Por José Farid Zaine
Twitter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine

Outubro é um mês especial para estreias de filmes nos cinemas e lançamentos nas locadoras. Primeiro, porque é o mês da criança, cujo dia foi comemorado no dia 12, mesma data em que se festeja o dia da Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. Por outro lado, é também o mês das bruxas, cujo ápice das comemorações acontece no dia 31, o famigerado Halloween, estranha tradição importada dos Estados Unidos.



Numa sacada muito inteligente, a Sony Pictures fundiu duas coisas: o terror cômico e a animação destinada às crianças, com tempero suficiente para agradar aos pais, tios, etc. num filme para a família toda, que deve abocanhar milhões de dólares nas bilheterias. Trata-se de “Hotel Transilvânia”, estreado na semana passada em todo o Brasil e já conquistando um lugar entre os blockbusters do ano.

As animações têm feito a festa dos grandes estúdios, a ponto de surgirem grandes produtoras para ameaçar a hegemonia da Disney. Foi o caso da Pixar, com seus megassucessos como “Toy Story”, “Monstros S/A”, “Procurando Nemo”, “Carros” e “Ratatouille”, abrindo-se espaço num ramo altamente lucrativo e em expansão na indústria cinematográfica. Agora as duas estão juntas. O uso adequado e o aperfeiçoamento da tecnologia 3D contribuiu muito para tornar mais sofisticadas e fascinantes as produções de animação. Roteiros modernos e inteligentes também deram uma grande arejada no gênero. “Hotel Transilvânia” é um ótimo exemplo de como combinar uma boa história com técnica irrepreensível, ritmo perfeito e uso apropriado de personagens muito conhecidas. O enredo é baseado no fato de que o Conde Drácula, após a perda trágica da esposa, resolve reformar seu castelo e transformá-lo num resort, um hotel luxuoso para abrigar monstros que querem a paz da distância dos seres humanos; sua filha, Mavis, completa 118 anos, e para celebrar essa “passagem para a vida adulta”, uma grande festa é preparada. Claro, ninguém contava com a presença de um humano, nem que ele viesse para conquistar o coração de Mavis. Isso é apenas um bom começo para uma divertida e movimentada aventura.

Outro filme que vem procurar o filão infantil do mês da criança é “Procurando Nemo 3D”, agora reformulado pelas três dimensões, ganhando um atrativo extra muito merecido, já que é uma das melhores animações já realizadas.

Não deu pra ser em outubro, mas a previsão de estreia de outra animação que vai dar o que falar ficou para o comecinho de novembro. É outra mistura de terror com humor com a marca do sempre polêmico, original e criativo Tim Burton. Falo de “Frankenweenie”, que deve estrear no feriado de finados, o que não será mera coincidência...

 
TERROR
“Chernobyl” chega às locadoras, após ser bombardeado pela crítica. Parece mesmo horripilante a ideia de usar um dos maiores desastres nucleares já vistos como tema de um filme de terror para adolescentes. Tem seus fãs, contudo.

Nos cinemas, na semana passada estreou “A Entidade” (Sinister), estrelado por Ethan Hawke e dirigido por Scott Derrickson, que tem no currículo coisas muito boas como “O Exorcismo de Emily Rose”. “A Entidade”, lançamento apropriado para o mês das bruxas, também deve ter sido vítima de alguma maldição: o filme é previsível, usa e abusa de clichês, tem algumas – poucas – sacadas interessantes, provoca um e outro susto e fica por aí. A história é a de um escritor que precisa produzir um novo livro e se muda com a mulher e os filhos para uma casa onde foi assassinada toda uma família. Lá, através de filmes que lhe são deixados, ele consegue conexão com outros crimes semelhantes e começa a perceber que algo nada natural está por trás de tudo. “A Entidade” tem a pretensão de ser daqueles terrores inteligentes com final surpreendente, mas passa longe disso.

“Chernobyl” em casa e “A Entidade” nos cinemas são pratos para quem tem estômago forte e paciência, muita paciência.

Já no plano religioso, outubro festeja o dia da Padroeira, Nossa Senhora Aparecida. Para quem quer ver algo a respeito, há o filme de Tizuka Yamasaki, “Aparecida – o Milagre”, disponível nas locadoras. O longa tem Murilo Rosa, Maria Fernanda Cândido e Leona Cavalli no elenco e não foi bem de público nem de crítica. Dá pra ver, mas Nossa Senhora Aparecida merecia coisa melhor.

Bem, aí foram algumas dicas sobre lançamentos que marcam outubro, um mês de amenidades deliciosas e terrores dispensáveis.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Projeto sugere debates sobre Educação e Saúde Sexual para jovens de Limeira


A instituição em Limeira de um programa municipal de educação e saúde sexual reprodutiva de adolescentes e jovens nas escolas da cidade, seguindo as diretrizes da ética, da privacidade e da confidencialidade, é o que pretende o vereador professor José Farid Zaine (PDT) por meio de um projeto de lei apresentado na última sessão, 15.

Segundo a proposta, os debates deveriam acontecer anualmente no mês de maio, tendo como principais objetivos prevenir a gravidez precoce ou indesejada, além de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), orientar sobre a responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres na prevenção da gravidez e das DSTs e métodos contraceptivos, prestar atendimento psicológico, integrar a abordagem da sexualidade nas escolas com os serviços de saúde do município, institucionalizando o vínculo dos serviços municipais de saúde e de educação, e trabalhar contra o preconceito de qualquer espécie dentro das escolas, estimulando a convivência entre pessoas dos mais diferentes gêneros e estilos, fazendo com que o adolescente respeite a diversidade sexual.

A norma sugere que uma equipe multidisciplinar, formada por educadores, médicos, psicólogos, assistentes sociais e enfermeiros, sob a coordenação da Secretaria da Educação, em parceria com as secretarias da Saúde, Cultura e Turismo e Eventos, além do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), faça esse trabalho.

“Outro ponto importante do programa proposto é a promoção de campanhas de divulgação para os jovens de todos os serviços disponíveis oferecidos pelas unidades públicas de saúde, para que não lhe faltem informações sobre os cuidados com o seu corpo e sua mente”, afirmou Farid.

No projeto, o vereador anexa uma entrevista assinada por Márcia Piovesan e Ana Thais Sasso, com a sexóloga Laura Muller – que esclarece as dúvidas dos jovens no programa “Altas Horas”, da Rede Globo. Segundo a profissional, a educação sexual precisa ser uma ação conjunta entre família, escola e sociedade. “Estamos formando essas crianças e adolescentes para serem adultos melhores, cada vez mais confortáveis com seu corpo, sua saúde e a sua sexualidade”, disse Laura na entrevista.


A proposta segue para ser analisada pelas comissões permanentes da Câmara e caso receba pareceres favoráveis, deverá ser levada ao Plenário, quando serão conhecidas as opiniões dos vereadores.



Ronald Gonçales
Gabinete Parlamentar
Vereador José Farid Zaine (PDT)
19 3404 7550 / 8138 6093
faridzaine@camaralimeira.sp.gov.br

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

VIVA A CARMINHA!




Por José Farid Zaine
Twitter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine

Bom, já que o assunto na telinha nesta semana são as surpresas finais de “Avenida Brasil”, exibida desde março pela Rede Globo, falemos da novela e especialmente de sua grande estrela, Adriana Esteves. Ela está soberba interpretando a pérfida Carmem Lúcia, a Carminha que o Brasil inteiro ama e odeia ao mesmo tempo. Já existe um fenômeno claro: Adriana Esteves deu tamanha dimensão à sua personagem, que ela dominou completamente o folhetim das 9. Hoje as pessoas não falam “vou ver Avenida Brasil”, elas dizem “vou ver a Carminha”... Todas as atenções são para ela, seus gritos histéricos, sua risada diabólica, seu cinismo e sua capacidade de mudar de sentimentos em segundos, tudo isso traduzido no olhar e na expressão facial. Ela chora convincentemente num minuto, e no minuto seguinte nos exibe uma outra face completamente diferente, cuspindo fogo pelos lábios apertados e pelo olhar que entrega as próximas maldades que cometerá.



Raramente uma vilã tem apoio tão unânime da audiência. Adriana dá um show de competência a cada noite, revelando um trabalho que deve ser extremamente extenuante, porque ela tem muitas cenas em todos os capítulos e todas elas exigem grande intensidade dramática na interpretação, o que deve manter a atriz sempre em estado de esgotamento físico.

Carminha é a grande personagem vivida na TV por Adriana Esteves, um grande presente de um dos melhores novelistas da atualidade, João Emanuel Carneiro. Ele veio de experimentações arriscadas, como “A Favorita”, e atingiu sucesso de crítica e de público. Sua novela das 7, “Da Cor do Pecado”, em reprise no “Vale a Pena Ver de Novo”, foi também muito bem sucedida. Em “Avenida Brasil” ele construiu uma história interessante, que prende o espectador, porque ele consegue a cada capítulo manter o suspense necessário para se querer ver o capítulo seguinte. Não é fácil. Passou a ser também um exercício de imaginação saber quem e em que situação apareceria congelado no bloco final.

Carminha é uma explosão total. Nas últimas semanas suas intrigas, mentiras, armações e dissimulações  tem atingido o clímax. Na reta final confirmou-se também o excepcional talento de Murilo Benício, no difícil papel de Tufão. A trama central se sustenta, baseada na insólita história de crianças abandonadas num lixão e que muitos anos depois se encontram, tanto pra a retomada de um romance infantil como para a elaboração de um plano de vingança. O amor em questão é entre Jorginho (Cauã Reymond) e Nina/Rita (Débora Falabella). As tramas paralelas, acontecidas na Zona Sul do Rio e no fictício bairro do Divino, são necessárias, mas nem sempre funcionam. Quem dá crédito a uma história tão esdrúxula como a de Cadinho e suas mulheres? Mesmo o “quadrilátero” formado por Leleco e Tessália e Muricy e Adauto é difícil de engolir...em todos os casos, o elenco talentosíssimo segura tudo e garante o interesse. Mas o grande trunfo de “Avenida Brasil” sempre foi e será até o fim a criação de Adriana Esteves para a vilã do momento, que já entrou para a galeria das mais interessantes da história da telenovela.

CARMINHA NO CINEMA
Para quem curte as maldades de Carminha, e para quem espera ansiosamente para ver qual vai ser o seu final (na próxima sexta), vale lembrar que é possível curtir em DVD algumas passagens interessantes de Adriana Esteves pela tela grande.

Seu filme mais popular é a comédia “Trair e Coçar é só Começar”, estrondoso sucesso do teatro brasileiro, recordista de permanência em cartaz (mais de 25 anos) e escrita pelo Leleco (Marcos Caruso) . A peça já foi vista por 5 milhões de espectadores e a personagem principal, Olímpia, foi vivida por muitas e talentosas atrizes. Nenhuma conseguiu superar, contudo, a interpretação de Denise Fraga, a primeira e inesquecível Olímpia. No filme dirigido por Moacyr Góes Adriana vai bem, mas ela não é o tipo apropriado para fazer a mais famosa empregada da dramaturgia brasileira. O filme não conseguiu repetir o sucesso do teatro nos cinemas, mas é um registro interessante da peça, e uma oportunidade para que o público possa deixar de ranger os dentes contra Carminha e dar muitas risadas com Olímpia. O filme é de Fábio Barreto e tem no elenco Bianca Byngton, Cássio Gabus Mendes e Ailton Graça. Adriana ainda pode ser vista em “Tiradentes”, de Oswaldo Caldeira,  ou no infantil “O Trapalhão e a Luz Azul”. Outro ponto alto de sua carreira foi a interpretação de Dalva de Oliveira na minissérie “Dalva e Herivelto”, onde contracenou com Fábio Assunção.

Acompanhemos a semana final de Carminha para ver qual o destino que João Emanuel Carneiro lhe reservou. Para Adriana Esteves, contudo, o destino está selado: ela acaba de entrar para o limitado rol das grandes estrelas, aquelas com quem sonham os diretores de cinema, teatro e, principalmente, das novelas da TV. Viva a Carminha!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Amigos do Parque Abílio Pedro realiza “Dê um sorriso a uma criança”


O grupo de amigos do Parque Abílio Pedro, com o apoio da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura, através do Departamento de Cultura Afrodescendente e Integração Étnica (Decadie), em parceria com o Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), realiza o evento em comemoração ao dia das crianças, “Dê um sorriso a uma criança”.

O evento acontece neste feriado, sexta, 12, das 9h às 16h, é de graça e aberto aos moradores do bairro. “Dê um sorriso a uma criança” será no centro comunitário do Jardim Morro Branco, que fica na rua Dr. Francisco Machado de Campos, 220, no jardim São Francisco.

Durante o evento haverá atrações com música sertaneja, os meninos do Hip Hop - Família Salve, o grupo de pagode Faz a diferença, além de brinquedos, cachorro quente, pipoca, e muita diversão para toda criançada.

Ao longo da semana foram arrecadados brinquedos novos e usados para doar às crianças, se você deseja fazer uma criança sorrir, ainda dá tempo de doar um brinquedo, levando no dia do evento.

Outras informações sobre o evento, podem ser obtidas nos telefones: (19) 3451 0502 ou 3441 4942.



Luane Tenório – Estagiária de Jornalismo
Departamento de Projetos Culturais
Prefeitura de Limeira /SP
Secretaria da Cultura
(19) 3451 0502
culturalimeira@yahoo.com.br
www.culturalimeira.blogspot.com
www.facebook.com/culturalimeira
www.twitter.com/culturalimeira

Arte em Madeira: Câmara recebe nova exposição

A Câmara Municipal de Limeira abriu na tarde desta segunda-feira, a exposição “Arte em Madeira”. A mostra traz peças confeccionadas pelo artesão barbarense, Benedito Nogueira dos Santos.




São miniaturas de carros de boi, utensílios e brinquedos, feitos de madeira maciça com a temática rural. Para o artesão, expor em outra cidade, além de divulgação, representa o reconhecimento do seu trabalho. “Todas as minhas peças são feitas com carinho, e é este carinho que eu desejo que as pessoas sintam ao observá-las”, ressaltou.


A mostra ocorre até a próxima quinta-feira (11), no Espaço Cultural da Câmara Municipal de Limeira, entre as 8 e 18 horas. LOCAL: Rua Pedro Zaccaria, número 70, Jardim Nova Itália.
    Assessoria de Imprensa Câmara de Limeira

Orquestra apresenta "Casa de Brinquedos", no mês da criança

Com arranjos musicais de Emanuel Massaro, a Orquestra Sinfônica de Limeira juntamente com a banda Vila Jazz e a “Limeira Cia de Dança” interpreta um clássico de várias gerações, fazendo uma viagem ao mundo dos sonhos e objetos da infância que através das canções de Toquinho, criam vida e sentimentos. Um espetáculo criado para 12 bailarinos que darão asas à imaginação de todas as crianças e apreciada pelos adultos. A Direção Artística das coreografias fica à cargo de Gláucia Bilatto e Graciela Oliveira, com figurinos assinados por Rose Sathler e colaboração de Daniel Martins, Raíssa Tomasin, Vânia Risso, Abner Ivan, Eliseu Pereira, Rafael Guerra e Hector Moreno.



Entre os bailarinos estão Brenda Viana, Bruna Borges, Carla Pizani, Diego Rodrigues, Elias da Silva, Fernanda Silva, Flávia Marcela Gomes, Giovanna Franco Menegueti, Janaína Adele Lussier, Maiara Colombera, Michele Chanquetti e Talita Moreira Val.

Os ingressos estarão sendo vendidos na bilheteria do Teatro Vitória ao preço de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Mais informações podem ser obtidas no site www.sinfonicadelimeira.com ou no email oslimeira@yahoo.com.br

A realização é da Prefeitura Municipal de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura e Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira, patrocínio da CCR AutoBAn e Unimed Limeira, apoio institucional da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e apoio cultural de Limel Bagueteria, Floricultura Mercuri, Fotógrafo Paulo Pedron, AZ Design Independente, Musical Brasil Instrumentos, Virtú Produções Culturais e Artisticas, Foz do Brasil, Unigráfica, Vila Jazz, Limeira Cia de Dança, Black Cat Corsets e Printness Soluções.


Produção Orquestra Sinfônica de Limeira
Sociedade Pró Sinfônica de Limeira (Orquestra Sinfônica de Limeira)
Rua Senador Vergueiro 122 Centro Limeira
Tel: 19- 34510502

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Evento “Expo Tatoo” pode ser registrado no calendário oficial da cidade


É o que pretende Farid através de proposta apresentada no Legislativo

Proposta apresentada pelo vereador professor José Farid Zaine (PDT) incluirá no calendário oficial de Limeira o evento “Expo Tatoo”, projeto que destaca tatuagens e tatuadores. A primeira edição aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de julho deste ano, no Centro de Eventos.

Segundo Farid, ainda há muito preconceito com pessoas tatuadas e eventos do gênero quebram esse paradigma, mostrando que tatuagem é também uma manifestação cultural. “Sem contar que os tatuadores são verdadeiros artistas”.

Na justificativa, Farid disse que o evento “Expo Tatoo” contou com centenas de adeptos em 2012, com tatuadores que expuseram seus trabalhos ao público, além de realizar tatuagens nos interessados.

O projeto passa pelas comissões permanentes da Câmara e tendo pareceres favoráveis vai ao Plenário para votação dos demais vereadores. Outras informações podem ser obtidas no telefone do gabinete de Farid, (19) 3404 7550.
Ronald Gonçales
Gabinete Parlamentar
Vereador José Farid Zaine (PDT)
19 3404 7550 faridzaine@camaralimeira.sp.gov.br

Proposta declara de utilidade pública a Academia Limeirense de Letras (ALLe)


Projeto de lei de autoria do vereador professor José Farid Zaine (PDT) tramita na Câmara com o objetivo de declarar de utilidade pública a Academia Limeirense de Letras (ALLe). A proposta segue em estudos pelas comissões permanentes do Legislativo e, caso receba pareceres favoráveis, será levada ao Plenário para apreciação dos vereadores.

Segundo Farid, a ALLe tem feito, desde a sua fundação, um trabalho muito importante para fomentar a literatura em Limeira, com saraus, apoios aos lançamentos de livros dos mais diversos autores, além de valorizar a iniciativa cultural da cidade. “É preciso muito mais, mas se o Legislativo valoriza a ALLe, então, poderemos incrementar essas atividades”.

“Visando fortalecer essa associação, apresentamos essa proposta que visa declarar como utilidade pública a ALLe, um antigo anseio dos seus integrantes. Tal medida fortalecerá, sem dúvida alguma, a Academia, para que faça um trabalho ainda mais contundente na cidade, atuando numa área tão carente, buscando atrair maior público para a leitura”, completou Farid.

Ronald Gonçales
Gabinete Parlamentar
Vereador José Farid Zaine (PDT)
19 3404 7550faridzaine@camaralimeira.sp.gov.br

O MENINO QUE COMIA FILMES


Por José Farid Zaine
Twitter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine

Desde muito cedo o menino andava por uma sala de cinema que era de seu avô, e ficava encantado com os cartazes que anunciavam os filmes que ali seriam exibidos. Quando morou na zona rural, esperava o homem com seu caminhãozinho que vinha para o salão da Igreja de Bom Jesus projetar filmes sobre um lençol...Ali viu as comédias de Mazzaroppi, uma Paixão de Cristo antiquíssima, filmes de Chaplin (agora nas bancas semanalmente, na coleção da Folha de São Paulo), O Gordo e o Magro, e seriados cujos capítulos eram exibidos aos domingos. Que angústia esperar uma semana para ver se a serra ia cortar ao meio a cabeça da mocinha...Mas logo chegou ao seu coração a imagem dos olhos cor de violeta de Elizabeth Taylor, e ele soube o que era o amor de adultos pela história comovente de “A Última Vez que Vi Paris”. Depois, quando foi para o Ginásio (era assim que se chamava o ensino fundamental da época), numa cidade maior, os grandes cinemas eram a melhor e mais acessível diversão. Via de tudo, e se desesperava quando não podia entrar, por causa da censura, que ficava estampada nos cartazes: PROIBIDO ATÉ 14 ANOS, PROIBIDO ATÉ 18 ANOS... chegava a ir às três sessões principais do melhor cinema de sua cidade: sessão zig-zag, às 10 da manhã, matinê às 14h e sarau às 20h ( o momento chique com os filmes mais badalados). Sua mãe ficava preocupada com aquela paixão e chegou a lhe dizer que “só faltava não almoçar e nem jantar mais, e viver de comer filmes...” Na verdade era isso, ele se alimentava daquela arte fascinante que lhe mostrava o mundo em movimento, os dramas, as grandes aventuras, as paixões, a alma humana desnudada.

Ali, nas salas escuras dos cinemas de sua cidade, ele mergulhou na imponência de “Ben-Hur”, de William Wyler, que viria a ser um de seus diretores prediletos, impressionado pela corrida de bigas, emocionado com a trágica e gloriosa história da personagem principal e apaixonado pela assombrosa música de Miklos Rosza, que até hoje considerada por ele uma das melhores trilhas sonoras da história do cinema.

Foi ali que ele se encantou pelo cinema espanhol da época, popularíssimo, e viu todos os filmes de Joselito, principalmente os que mais amou, como “O Rouxinol das Montanhas” e “Saeta”. Ali também conheceu a singela e emocionante história de “Marcelino, Pão e Vinho” com o pequeno Pablito Calvo...e vibrou com a lourinha Marisol em “Um Raio de Luz”. Depois, uma paixão incandescente: Sarita Montiel, com suas canções inesquecíveis em “La Violetera”, “O Último Tango” e “Pecado de Amor”!

Ele quase não podia acreditar em seus olhos, mas o mar se abriu diante dele em “Os Dez Mandamentos”. Era Moisés, com seu cajado, a conduzir o povo para a milagrosa travessia. Era Charlton Heston, com sua imagem poderosa, mais uma vez vivendo um grande herói. Heston, fazendo par com Sophia Loren, seria depois uma de suas personagens favoritas, a de “El Cid” que, mesmo morto, comanda seu exército amarrado a um cavalo, motivando os soldados para a vitória. Lindo!

Uma de suas maiores e mais excitantes experiências foi conhecer os cinemas de São Paulo, que ele sabia que existiam pelos jornais que devorava, colecionando propagandas de filmes famosos. A irmã mais velha lhe deu um dos melhores presentes de sua vida. Ela o levou ao Cine Rivoli, na Capital, para ver “A Noviça Rebelde”. Era um sonho ver aquele filme deslumbrante numa tela enorme, com um som maravilhoso, que ele amou desde a espetacular abertura que jamais deixaria seu imaginário: Julie Andrews, de braços abertos, rodando sobre a relva e cantando “The Sound of Music”... No mesmo ano, outra experiência maravilhosa: “Doutor Jivago”, de David Lean, que pouco tempo depois daria a ele o enorme prazer de conhecer “Lawrence da Arabia” na pele de Peter O´Toole.

Quanto tempo ele ficou cantando as canções de “Amor, Sublime Amor” (West Side Story)? Até hoje, principalmente quando pode ver o musical num teatro de São Paulo, há poucos anos.

Amava tanto os filmes, que começou a escrever sobre eles e a ler muito, muito, sobre essa arte tão completa. E esse mergulho foi lhe revelando os gênios de Fellini, Antonioni, Luchino Visconti, Fassbinder, Herzog, Truffaut, Woody Allen, Walter Salles, Fernando Meirelles, Almodóvar e tantos, tantos outros...

Hoje o menino que comia filmes viu que esse alimento fez bem para sua existência, para sua alma. Agora, depois de muitos anos de vida, dos quais passou tanto tempo dentro dos cinemas, ele escreve num importante jornal de uma grande cidade, e seu prazer é dividir com os leitores os filmes que mais ama...como esses citados, que podem ser vistos na casa de cada um, e podem alimentar uma paixão como a dele, principalmente naqueles que tem o coração como o seu, feito de celuloide!