sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

COMO NO CINEMA


Por José Farid Zainefarid.cultura@uol.com.br
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“O Moço acordou meio atordoado. Dois dias de festas por ocasião do Natal, muita comida e um certo exagero na bebida. Tocou o telefone, ele atendeu enquanto ligava a TV. Falava com um amigo enquanto mudava de canal com o controle remoto, inteiramente desinteressado. Ria das coisas “malucas” que tinha aprontado nas noites de farra. Na telinha, umas imagens fortes, algum filme de ficção científica vindo por aí, e a TV já se adiantava mostrando cenas cheias de efeitos especiais dignos de um Oscar. Mas as exibições não paravam. Quando acabou a conversa, aumentou o volume da TV e começou a compreender o que se passava. Aquelas imagens espetaculares de águas violentas derrubando tudo, engolindo gente, o mar avançando com fúria sobre praias, hotéis, corpos arrastados como meros objetos....aquilo tudo era verdade: uma catástrofe se exibindo, ao vivo, humilhando as mais sofisticadas técnicas de criação de efeitos visuais. Ele ficou ali, o resto do dia, a cada minuto se surpreendendo mais com as estatísticas do horror.



O Moço começou a revisitar seus conceitos e suas crenças. Pensou, a princípio, que a natureza era cruel, não era mãe coisa nenhuma, era mesmo uma madrasta perversa. E Deus, onde estava? Não via seus filhos amontoados, reunidos em meras pilhas de cadáveres? Não se compadecia? Então Deus não se importava com aquelas crianças mortas, aquelas mães desesperadas, aqueles novos órfãos perambulando por ruas destruídas, escombros, sujeira?



O Moço tentou fazer uma oração, mas seu coração estava duro demais. Achava que não valia a pena ter fé. Esse sentimento o acompanhou pelo resto do dia, no dia seguinte e nos subsequentes. Foi entrando na sua rotina com um certo desconforto por estar tão bem instalado, numa casa forte, com comida boa e farta, rodeado de seus brinquedos eletrônicos conectando-o com o mundo, seus filmes, seus discos...



A TV não se cansava de cravar os olhos sobre aquela parte devastada do Planeta. E então algumas histórias ganhavam espaço. Numa delas, a moça aparecia viva, depois de dias boiando no mar agarrada a uma espécie de coqueiro. Em outra, uma criança resgatada com vida depois de flutuar sobre um colchão, também por vários dias. Tocou fundo o coração do moço a história da mãe agarrada a dois filhos pequenos, tendo que escolher qual soltaria à fúria das águas, porque não conseguiria segurar os dois; depois de consumada a mais dramática escolha possível para uma mãe, aos olhos do pai aterrorizado e impotente, o final mais feliz acontece: os quatro, sãos e salvos, se abraçam numa cena milagrosa. “Só no cinema mesmo isso acontece”, pensaria o moço, caso estivesse vendo um filme de ficção. Mas não. Ali estava o milagre, presente, inteiro, ao vivo para todo o mundo, para as plateias de crentes e ateus.



O Moço voltou a revisitar seus conceitos e sua fé. Chegou a ficar envergonhado pelos seus momentos de dúvida, pelas suas blasfêmias. Voltou a orar, com um fervor que não experimentava há muito tempo. Pediu paz às almas daqueles milhares de cidadãos do mundo, pediu fé e amparo para aqueles que vagavam por um mar de fome, miséria, doença e saudade. Viu a TV mostrar o mundo inteiro mobilizado numa ação de solidariedade nunca vista antes. Quis dar sua cota de contribuição, procurando uma forma de fazer uma doação. Seu coração estava triste, mas sua alma não tinha sido tragada pelo tsunami. Imagens iam e vinham na sua cabeça. Como uma onda.”



O texto acima foi escrito por mim e publicado em janeiro de 2005, poucos dias após o tsunami que devastou o sudeste asiático, matando dezenas de milhares de pessoas. Ao ver o filme “O Impossível”, em cartaz nos cinemas brasileiros desde a semana passada, procurei o texto nos meus arquivos, e vi que os sentimentos despertados em mim pelo filme estavam presentes no artigo, mais do que eu poderia colocar numa crítica, daí o desejo de compartilhá-lo com os leitores, no último fim de semana de 2012, o ano em que o mundo ia acabar, mas não acabou. Continuamos firmes, alimentando nossa fé em Deus e nos homens de boa vontade.





“O Impossível” chega em boa hora, trazendo ótimas interpretações de Naomi Watts e Ewan MacGregor, como o casal que resolve ir passar férias na Tailândia com os três filhos pequenos, num lugar paradisíaco, logo transformado numa sucursal do inferno. Em meio a tanto horror e desolação, eis que brilha a luz da fé e seu poder, o que faz balançar o coração do mais insensível dos mortais, assim como aconteceu com o “Moço” do artigo de 2005.



O cinema, neste fim de 2012, faz acender nos corações e mentes das pessoas pelo menos a reflexão sobre a fé, o destino, a existência de Deus e o poder da natureza. Dois filmes nos conduzem a esse exercício tão necessário: “As Aventuras de Pi”, de Ang Lee, um dos mais belos filmes do ano, e esse “O Impossível”. Ambos nos envolvem, nos engolem em tsunamis, nos colocam como náufragos sobre mares revoltos, mas nos devolvem à vida com o sentimento de que tudo é possível quando a fé sobrevive. E é essa fé que eu desejo que permaneça nos corações de todos em 2013, e que ela mova nossos sonhos e desejos em direção aos finais felizes. Como no cinema.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

NEGOCIAÇÕES SOMBRIAS E AVENTURAS ILUMINADAS


Por José Farid Zaine
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Estreia hoje nos cinemas brasileiros o novo filme estrelado por Richard Gere, “A Negociação” (Arbitrage), dirigido por Nicholas Jarecki. Trata-se de um thriller bem resolvido sobre questões nem sempre bem tratadas pelo cinema, os golpes financeiros. Histórias desse tipo, que envolvem compreensão dos mecanismos que movem grandes empresas e a dinâmica da economia e seus meandros, podem causar certo afastamento dos espectadores mais preguiçosos. “A Negociação”, contudo, consegue levar adiante um enredo complexo que se torna bem acessível. Gere está muito bem como o empresário bem sucedido, com imagem social impecável, e que precisa manter essa imagem, a despeito de seus graves problemas financeiros e do complicado envolvimento com sua amante. A esposa, vivida com a costumeira elegância por Susan Sarandon, faz parte do jogo de aparências, mas tenta dar as cartas.



A atuação de Gere em “A Negociação” tem sido considerada seu melhor trabalho no cinema nos últimos anos, a ponto dele estar cotado para uma indicação ao Oscar de melhor ator. A indicação é possível, mas a vitória é improvável, diante de nomes como Daniel Day-Lewis, favorito por sua interpretação do presidente americano Abraham Lincoln na superprodução de Steven Spielberg “Lincoln” e de outros fortes concorrentes a uma vaga entre os indicados, que são: Ben Affleck ( “Argo”) , John Hawkes (“The Sessions”), Denzel Washington (“Flight”), Hugh Jackman (“Les Miserables”), Joaquin Phoenix (“The Master”) e Bradley Cooper ( “Silver Linings Playbook”).

Richard Gere tem uma carreira de muito sucesso cujo auge foi atingido com “Uma Linda Mulher”, o conto de fadas pós-moderno que encantou milhões por todo o mundo, celebrizou Julia Roberts e transformou num hit internacional a música-tema, “Oh, Pretty Woman”, antigo sucesso de Roy Orbison e que inspirou a realização do filme. Recentemente Gere protagonizou um drama lacrimogêneo muito requisitado nas locadoras e exibido à exaustão na TV, tanto a aberta quanto a paga, “Sempre ao seu Lado”, do diretor Lasse Hallström, baseado em fatos reais.

HOJE É DIA DE ANG LEE


A grande estreia de hoje, contudo, é o novo filme de Ang Lee, um cineasta que nunca se repete e que não se cansa de surpreender o público a cada produção sua que entra em cartaz. Neste 21 de dezembro inundam as telas “As Aventuras de Pi” (Life of Pi), com um visual espetacular, desde já candidatíssimo a vários prêmios técnicos, incluindo o Oscar de efeitos visuais, categoria em que provavelmente brigará com “O Hobbit- Uma Jornada Inesperada”, “Os Vingadores”, “Batman- O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, “Cloud Atlas” ( A Viagem) e “Prometheus”.

Ang Lee leva no currículo o Oscar de melhor diretor por “O Segredo de Brokeback Mountain”, belíssimo drama com Heath Ledger numa interpretação inesquecível, acompanhado de outras sensacionais performances de Jake Gyllenhall, Michelle Williams e Anne Hataway. Aliás, “Brokeback Mountain” ter perdido a estatueta de melhor filme do ano para “Crash – No Limite”, é considerada uma das maiores injustiças da história do Oscar.

Aproveitando o lançamento de “As Aventuras de Pi”, temos ótima oportunidade de rever alguns dos grandes momentos de Ang Lee, além, claro, de “Brokeback”. Um deles é a comédia de 1993, “Banquete de Casamento” que, assim como “Razão e Sensibilidade”, de 1995, foram premiados em Berlim. Do ano 2000 temos um dos mais populares filmes do diretor, “O Tigre e o Dragão”, que levou as lutas marciais, tão comuns no cinema asiático, a um nível de sofisticação artística impressionante, com os lutadores voando pelos cenários, em uma verdadeira coreografia espacial que encantou as plateias do mundo inteiro e deu ao filme o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

A visão de Ang Lee sobre o mais celebrado festival de rock de todos os tempos está em “Aconteceu em Woodstock”, de 2009, também facilmente encontrado nas locadoras.

Hoje, portanto, é dia de rever os cabelos grisalhos mais famosos do mundo, agora numa intrincada rede de falcatruas e intrigas, e de acompanhar a vida de Pi, passeando na profundidade da tecnologia 3D pelos improváveis cenários de suas aventuras.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Espetáculo “Felinos” no Teatro Vitória


“Felinos” é um ballet criado pela coreógrafa e bailarina Gláucia Bilatto a partir da ideia dos gatos dos desenhos animados e filmes, tais como: “O Gato de Botas”, “Aristogatas”, “A Feiticeira - Musical”, “Cats da Broadway” e na letra da canção: “A história de uma gata”. A apresentação acontece nesta quinta, 20, e sexta-feira, 21, às 20h, no Teatro Vitória.

O espetáculo faz parte das comemorações da Escola de Dança Gláucia Bilatto, e também como um projeto de encerramento das aulas de ballet, jazz, sapateado, flamenco, contemporâneo e dança de salão. Coreografias inéditas de Gláucia Bilatto, Graciela Oliveira, Giovanna Menegueti, Elias da Silva, John Lussier e Bruna Diniz.

O espetáculo conta com o apoio da Prefeitura de Limeira, através da Secretaria da Cultura, e tem como apoio cultural: Hector Moreno, Banda Quinta Estação, Blackcat Corsets, Rafael Guerra, Vitor Moreira, Juliana Guerrero, Sarah Lourenço e Aldeia Pró-Cultura.

A classificação indicativa é livre, e os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Vitória a R$20 (inteira), R$10 (meia), ou R$15 de bônus da escola.

Para outras informações, o telefone do Teatro Vitória é: (19) 3451 6679.

Departamento de Projetos Culturais
Prefeitura de Limeira /SP
Secretaria da Cultura
(19) 3451 0502

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Espetáculo “Bravíssimo” traz dança flamenca


A escola de dança Hard Dance Center, com o apoio da Prefeitura de Limeira, através da Secretaria da Cultura, apresenta seu XIV Festival de dança "Bravíssimo”, onde seus alunos mostrarão em duas noites, espetáculos totalmente diferenciados em ritmos e estilo.



Iniciando seus primeiros toques de castanholas, o sapateado americano será apresentado através da coreografia do clássico “Cantando na Chuva”, seguido pelo jazz, o contemporâneo, e o break que também compõem as apresentações da noite.



Os espetáculos acontecem amanhã, terça, 18, e quarta-feira, 19, às 20h, no Teatro Vitória. Serão 40 alunos que abrilhantarão as duas noites de apresentações, com programações diferentes, alem da apresentação, pela primeira vez na cidade, de um grupo infantil de dança flamenca.



Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do teatro e custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). A bilheteria funciona de terça a sexta-feira, das 13h às 18h. De sábado e domingo, também, das 13 às 18h, (somente quando houver espetáculo), e em dias de espetáculo a bilheteria reabre às 18h até o início do evento. A classificação indicativa é livre. Outras informações podem ser obtidas no telefone do Teatro Vitória (19) 3451 6679.



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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

“O HOBBIT”... E PETER JACKSON ALÉM DA TERRA MÉDIA

Por José Farid Zaine
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Uma das estreias cinematográficas mais aguardadas do ano acontece hoje em todo o Brasil: desde os primeiros minutos da madrugada desta sexta-feira, quando foram exibidas as pré-estreias, centenas de salas oferecem o que o público estava ansioso para ver: “O Hobbit – Uma Viagem Inesperada”, o início de mais uma trilogia dirigida por Peter Jackson, depois do estrondoso sucesso mundial da primeira, “O Senhor dos Anéis”, com “A Sociedade do Anel” em 2002, “As Duas Torres” em 2003 e “O Retorno do Rei” em 2004.


O autor dos livros que se transformaram em enormes best-sellers, JRR Tolkien, escreveu primeiro “O Hobbit”, em 1937, considerado um prelúdio para a saga “O Senhor dos Anéis”, que viria a ser publicada somente em 1954, com “A Sociedade do Anel” e “As Duas Torres” e em 1955, com a última parte, “O Retorno do Rei”.

Com todo o alvoroço da estreia, não é apenas hoje que as salas passam a ser invadidas pelas personagens fantásticas de Tolkien e pelos arrebatadores cenários concebidos por Jackson e sua equipe: desde terça-feira, muitos cinemas de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Niterói, Salvador e Porto Alegre dedicaram-se a uma maratona “preparatória” destinada aos fãs ardorosos da saga e aos novos adeptos, influenciados por uma história de sucesso no cinema iniciada em 2002.

Nunca uma trilogia foi tão bem sucedida no Oscar. Os três filmes da série “O Senhor dos Anéis” somam 30 indicações e 17 Oscars conquistados:

2002: “A Sociedade do Anel” obteve 13 indicações e ganhou 4 prêmios;

2003: “As Duas Torres” obteve 6 indicações e levou 2 Oscars;

2004: “O Retorno do Rei” obteve 11 indicações e ganhou em todas as categorias, ficando esta última parte da trilogia igualada no record de Oscars até então mantido por “Ben-Hur” (1959) e “Titanic” (1997). O record de indicações continua com o empate entre “Titanic” e “A Malvada” (All About Eve): 14!

Tratando-se de um filme de aventura e fantasia dirigido por Peter Jackson, o que se esperava de “O Hobbit” era um grande esmero visual, com efeitos fabulosos, agora com o uso da tecnologia 3D, ausente na trilogia inicial, acrescentando-se ainda uma filmagem em altíssima definição, que deu ao filme um aspecto de inusitada beleza de imagens. A história inicial de Bilbo Bolseiro, seu encontro com Gollum e as perigosas viagens pelas surpresas da Terra Média tem seu primeiro encontro com o público a partir de hoje, prossegue em dezembro de 2013, com o lançamento do segundo filme dessa trilogia e termina em julho de 2014, quando o terceiro e último será lançado.

Faces conhecidas continuam presentes em “O Hobbit”, através das personagens vividas por Ian McKellen, Ian Holm, Cate Blanchett, Orlando Bloom e Elijah Wood, entre outros.

PETER JACKSON ALÉM DA TERRA MÉDIA
Para quem associa o nome do diretor neozelandês apenas às extremamente marcantes partes de “O Senhor dos Anéis”, é interessante conhecer outros filmes dirigidos por ele, todos disponíveis nas locadoras. Um deles não foge à regra dos blockbusters, superproduções de orçamento milionário: é “King Kong”, de 2005, refilmagem do ultraclássico de 1933, que já teve outra versão em 1976, dirigida por John Guillermin. No primeiro, o monstro que abraçava o Empire State assombrou o mundo, com efeitos visuais nunca vistos antes e que hoje parecem toscos e primários, mas que causaram uma revolução. A versão da década de 70 tentou sofisticar esses efeitos, usando inovadores recursos tecnológicos, ganhou o Oscar de efeitos visuais, mas deve apenas ser lembrada por apresentar ao mundo a grande atriz que é Jessica Lange. Justificar uma terceira versão de “King Kong” era mostrar, mais do que tudo, o poder da computação gráfica e dos recursos da era das ferramentas virtuais. E Peter Jackson fez seu filme valer por isso.

Há um Jackson fora das aventuras mirabolantes, e ele está presente em dramas de suspense e terror, como o recente e mal falado “Um Olhar do Paraíso” (The Lovely Bones), com Saoirse Ronan, Rachel Weisz e Mark Wahlberg, de 2010, e o ótimo “Almas Gêmeas”(Heavenly Creatures), de 1994, com Kate Winslet no início de sua gloriosa carreira!

Bom, pra hoje o que temos é “O Hobbit”, para que os fãs de Tolkien vejam se valeu a pena transformar o livro em três filmes...e para a próxima sexta Ang Lee nos trará “As aventuras de Pi”( Life of Pi)! Peter Jackson e Ang Lee nos dão um natal cinematográfico cheio de monstros, abismos, florestas assustadoras, oceanos imprevisíveis, tigres famintos, meninos corajosos e muito, muito encantamento!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

“ La Fille Mal Gardée” será interpretado pelo Studio de dança Corpo e Arte


O Studio de dança Corpo e Arte apresenta seu espetáculo de encerramento do ano, amanhã, sexta-feira, 14, e no sábado, 15 de dezembro, às 20h, no Teatro Vitória. Este ano a escola de dança preparou o ballet de repertório “ La Fille Mal Gardée”.

Um balé cômico “ La Fille Mal Gardée” é apresentado em três atos e três quadros, tendo sido representado pela primeira vez em Bordeaux, França, em 1786, produzido e coreografado por Jean Dauberval.

O enredo trata-se do desejo de uma mãe em ver a sua filha casada com um moço rico e de bem. No entanto, a filha ama um camponês pobre e acha o outro pretendente, o moço rico, ridículo e muito chato.

O espetáculo conta com participações especiais e algumas adaptações feitas pelas professoras de dança do Studio, Soraia Cintra e Gisela Almeida, as quais prometem trazer muita alegria e divertimento para o público limeirense.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro e custam R$ 24 (inteira), R$ 12 (meia entrada/ bônus). O espetáculo conta com o apoio da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura.

Mais informações, o telefone do Teatro Vitória é: (19) 3451 6679.

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Auto celebra 10 anos da comunidade de Santa Adélia


Nos bairros, talentos do teatro são encontrados e despertados a iniciarem projetos culturais

Com o objetivo de fortalecer as atividades artísticas nos bairros da cidade, mais uma comunidade é atendida pelo projeto de descentralização de cultura proposto pelo gabinete do vereador professor José Farid Zaine (PDT). Desta vez, a comunidade de Santa Adélia recebeu oficinas teatrais gratuitas e o resultado será mostrado com o “Auto de Santa Adélia”, com integrantes da própria comunidade. A apresentação ocorre na missa deste sábado, às 20h, celebrada pelo Padre Ricardo Araújo. O pároco do local é Cássio Rossetti.



Quinze pessoas integram o elenco do “Auto” que foi escrito e dirigido por Farid, com assistência de Guto Oliveira, desde setembro deste ano. “Essas oficinas revelam talentos do teatro que estão escondidos nos bairros da nossa cidade, meu plano é fortalecê-las ainda mais no próximo ano, abrangendo um maior número de comunidades interessadas”, disse Farid.

Os atores e as atrizes do “Auto de Santa Adélia” são Almerindo Consenza Júnior, Ana Caroline Felisberto, Ana Maria Miranda de Souza, Ângelo Covre, Aparecida Elide Rabaldeli, Carla Dias Souza, Catarina Teixeira Luz, Damiane Gisele Lino Consenza, Gabriela de Freitas, Kelly Lourenço Lauer Covre, Leonilda Sanches, Marcela Isabele Franco, Maria Roseli Damaceno Silva, Márcia de Alencar Lima e Simone Alves Franco.

Para Maria Roseli, valeu a pena. “Nunca mais pretendo deixar o teatro, foi uma experiência ótima”. Ângelo Covre concluiu que entrar para esse projeto foi a melhor escolha que fez na vida. “Significa melhorar em todos os aspectos, principalmente na minha participação na liturgia”, opinião compartilhada também por Catarina.

A comunidade de Santa Adélia, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, está localizada à Rua Antônio de Araújo Neto, 260 – Jardim Águas da Serra.


Ronald Gonçales
Gabinete do Vereador Farid Zaine (PDT)
19 3404 7550

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

“A Flor Vermelha” será encenado por alunos da oficina de teatro da Cultura

O espetáculo é gratuito e acontece nesta quarta-feira, no Teatro Nair Belo



Oito alunos da oficina de teatro da Cultura darão vida ao espetáculo “A Flor Vermelha” escrito por Carlos Jerônimo e direção de Ariane Martins. A estreia acontece amanhã, quarta-feira, 12, às 20h no Teatro Nair Belo.



Duas irmãs e um destino. O espetáculo conta a história de Diocleide e Dioclécia, gêmeas que se apaixonam pelo mesmo homem, Inocêncio, um boiadeiro que pede pouso as lavadeiras do rio de uma pequena cidade do interior.



Dividido entre as duas mulheres, Inocêncio faz a opção de presentear uma das gêmeas com uma flor vermelha. Inconformada, a irmã rejeita resolve transformar a vida do casal em um inferno. “A Flor Vermelha” é uma tragédia popular que tem como base os contos folguedos, cirandas, parlendas e causos populares que vão dando rumo à história.



O texto foi criado também da ansiedade do grupo que fez uma intensa pesquisa sobre os causos e casos populares. O enredo foi construído durante os ensaios e as discussões dos jovens atores. E aos poucos, um emaranhado de situações desconexas foi ganhando vida, resultando no espetáculo.



O grupo
Nascido de uma oficina de teatro voltada a adolescentes carentes de cultura e oriundos dos mais diversos bairros da cidade. A oficina foi promovida pela Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura.



De acordo com a professora de teatro, o espetáculo partiu da pesquisa do grupo, embasado em jogos teatrais para a criação dos elementos cênicos. “ ‘A Flor Vermelha’ nasceu da vontade de cada um dos atores pelo fazer teatral. Fica o desejo do surgimento dos frutos de cada plantada e adubada”, disse Ariane Martins.



Fazem parte do elenco: Anderson Caetano, Bianca Pisseli, Guilherme Pavanatti, Patrícia Massara, Natália Klinke, Tatiane Nascimento, Ubiratan Aparecido e Yara Schulz, cenário Ariane Martins e Carlos Jerônimo, preparação musical Marcos Lima, iluminação assinada por Valdemir Correia.



O espetáculo também conta com o apoio da Secretaria da Educação. A classificação indicativa é livre e a entrada é franca. O Teatro Nair Belo fica na Secretaria da Educação, no Parque Cidade, ao lado do Museu da Jóia.



Outras informações podem ser obtidas no telefone da Cultura: (19) 3451 0502 ou no blog da Cultura: www.culturalimeira.blogspot.com.



Luane Tenório – Estagiária de Jornalismo
Departamento de Projetos Culturais
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(19) 3451 0502

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Igreja da Boa Morte sediará “Concertos do Advento”

A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção, de Limeira, programou três concertos de fim de ano. A realização é da Confraria da Boa Morte e Assunção e do Projeto Memória e Resgate, com apoio da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura.

Amanhã, 11 de dezembro, o Coral Santa Cecília se apresentara sob a regência do maestro Alexandre Seregati. Já no dia 18 de dezembro, a Corporação Musical Henrique Marques, sob a regência do maestro Fernando Barreto, também realizará um concerto. E no dia 21 é a vez da Orquestra de Câmara e Coro Contemporâneo de Campinas, sob a regência de Angelo Fernandes e produção de Fernando Barreto, apresentando composições clássicas como o famoso “Glória”, composição barroca escrita por Antonio Vivaldi.

As apresentações contam com músicas diversas, além das tradicionais composições natalinas. As três apresentações serão na Igreja Boa Morte, sempre às 20h. A entrada é gratuita.



O projeto
O Projeto Memória e Resgate foi instituído no ano de 2011 pela Confraria de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção. Tem o objetivo de criar um centro congregador e difusor de cultura e memória em torno dos bens culturais, preservando a memória e a história da igreja da Boa Morte e da cidade de Limeira.

Sua base é a coleta, organização, divulgação, preservação e disseminação das informações presentes no acervo, captação de doações de documentos e realização de cursos, eventos, exposições e encontros de cunho cultural.

A Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte e Assunção fica no Largo da Boa Morte, nº 51, centro. Mais informações pelo telefone (19) 3441-6708 e no site www.memoriaeresgate.com.br


Assessoria de Imprensa Projeto Memória e Resgate
(19) 8156.3410
a2editora@hotmail.com

Sinfonia nº5 de Schubert no último concerto da temporada 2012


Participação especial do Coro da Osli



Para o último concerto da temporada, a orquestra apresenta a Sinfonia nº5, composta por Franz Schubert aos 19 anos de idade. É a única de suas sinfonias que não inclui clarinetas, trompetes e tímpano, mostrando sua admiração por Mozart através da instrumentação leve.

Além da sinfonia, a Osli apresentará também as músicas tradicionais natalinas, como “Santa Noite”, “Expresso Polar”, “Cantata Alegria”, “Glória”, “O Primeiro Natal” e “A Christmas Festival”, com a participação especial do Coro da Osli, projeto desenvolvido pela Orquestra Sinfônica de Limeira desde 2009, participa de importantes concertos da temporada e conta com aproximadamente 40 integrantes, conduzidos por Diego S. Lago.

A regência do concerto será do Maestro Rodrigo Muller.

Ingressos: R$10,00 inteira e R$5,00 meia entrada.

Os trabalhos desenvolvidos pela Orquestra Sinfônica de Limeira são realizados pela Prefeitura Municipal de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura e Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira. Contam também com o patrocínio da CCR AutoBAn e Unimed. O evento conta ainda com o apoio institucional da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e apoio cultural de Limel Bagueteria, Floricultura Mercuri, Fotógrafo Paulo Pedron, AZ Design Independente, Musical Brasil Instrumentos, Virtú Produções Culturais e Artisticas e Foz do Brasil.


Sociedade Pró Sinfônica de Limeira (Orquestra Sinfônica de Limeira)
Rua Senador Vergueiro 122 Centro Limeira
Tel: 19- 34510502

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

“As Cordas de Natal”


Para celebrar as festas de fim de ano a SPSL, Sociedade Pró Sinfônica de Limeira, juntamente com a Prefeitura Municipal de Limeira e a Secretaria da Cultura de Limeira, apresentam “As Cordas de Natal” em três concertos imperdíveis.



O primeiro acontece dia 08 de dezembro às 16h00 na Escola Estadual Gustavo Picinini, no Jardim do Lago, o segundo será realizado na Aril, Associação de Reabilitação Infantil Limeirense, no dia 12 às 15h00 e o próximo será no Edifício Prada, em frente à Prefeitura Municipal de Limeira, às 20h00 do dia 18 de dezembro.

Entre as obras executadas estão Noite Feliz, Adeste Fidelis, Alegria de Natal e Jingle Bells.

Os concertos serão apresentados pelos alunos de cordas da Escola Livre de Música de Limeira, das orquestras: preparatória, de cordas, camerata e sinfônica jovem, sob a regência do Maestro Rodrigo Muller.

A entrada é franca.

Os trabalhos desenvolvidos pela Orquestra Sinfônica de Limeira são realizados pela Prefeitura Municipal de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura e Sociedade Pró-Sinfônica de Limeira. Contam também com o patrocínio da CCR AutoBAn e Unimed. O evento conta ainda com o apoio institucional da Lei de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) e apoio cultural de Limel Bagueteria, Floricultura Mercuri, Fotógrafo Paulo Pedron, AZ Design Independente, Musical Brasil Instrumentos, Virtú Produções Culturais e Artisticas e Foz do Brasil.


Sociedade Pró Sinfônica de Limeira (Orquestra Sinfônica de Limeira)
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Rua Senador Vergueiro 122 Centro Limeira
Tel: 19- 34510502

Alunos de artes plásticas da EMCEA expõem trabalhos no Palacete Levy


O Palacete Levy recebe a exposição de artes plásticas dos alunos da Escola Municipal de Cultura e Artes (EMCEA), de 9 a 22 de dezembro, encerrando as apresentações de fim de ano. O trabalho é intitulado “Ensaios Cromáticos 2”.

A exposição apresenta os trabalhos dos alunos do curso de artes plásticas, resultado do primeiro e segundo ano do curso que é oferecido pela Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura.

As aulas são dirigidas e seguem a metodologia pedagógica: orientação, observação, tentativa, acerto ou erro e correção, se necessário, onde cada aluno pode escolher seu assunto para pintar. O tema mais recorrente é a paisagem, já que é o gênero mais fácil para a aprendizagem da pintura.

As produções contaram com a técnica do óleo sobre tela e partiram da observação de imagem, além de também terem sidas adaptadas com alterações na cor, composição, acrescentando ou retirando elementos, criação associadas com a experimentação e auto conhecimento.

Durante as aulas, os alunos puderam entrar em contato com a pintura de modo reto, incorporando a prática em todos os encontros e caminhando paralelamente com a pesquisa teórica sobre cultura e arte.

Os 43 alunos de artes plásticas são orientados pelo professor de artes plásticas, Gilio Mialichi. A entrada é franca.

A exposição ficará aberta ao público de segunda à sexta-feira das 8h às 18h. O Palacete Levy fica na praça da Boa Morte, nº 11, centro. Outras informações podem ser obtidas no telefone da Cultura: (19) 3451 0502.

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“Rua do Samba” neste domingo na Vila Queiroz

Muito samba no pé. É o que promete mais uma edição da “Rua do Samba” que acontece neste domingo, 9 a partir das 14h na praça Capitão Costa, na Vila Queiroz

O evento é realizado pela Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura, através do Departamento de Cultura Afrodescentende e da Integração Étnica (DECADIE), em parceria com a Escola Municipal de Cultura e Artes, (EMCEA).



“Rua do Samba” trate-se de uma descentralização da cultura, no qual a juventude negra tem a oportunidade de mostrar sua força e a paixão pelo samba.

O evento é de graça aberto a população, participam os Djs Ney e Morf, grupo Delirow, grupo Tambores, samba-rock da EMCEA, Academia de dança 4, grupo Sava Samba, grupo Quarta, Carlos Neves e Tom Dominante.

Outras informações podem ser obtidas no telefone da Cultura, (19) 3451 0502.



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Alunos de teatro da EMCEA apresentam esquetes sobre o folclore nacional


As apresentações de fim de ano da Escola Municipal de Cultura e Artes (EMCEA) não param. Neste fim de semana, sábado, 8, e domingo, 9 de dezembro, às 19h30, se apresentam no palco do Teatro Vitória os grupos de teatro da escola.

Serão diversos grupos apresentando esquetes sobre o folclore nacional. São elas: “Folk e Lore Lore em origem do folclore”, “Mula sem Cabeça”, Canoa Fantasma”, “A Onça da mão torta”, “Mãe de Ouro”, “Uirapuru”, “Cabeça de Cuia”, “Papa Figo”, “Cuca”, “Iara”, “Lobisomem”, “Saci Pererê” e “Boto”.

A realização é da Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura, através da (EMCEA). Os grupos de teatro da escola de cultura são dirigidos pelos professores de teatro Julio Borgo e Sulen Zacharias.

Folclore Nacional
Por ter sido um país formado por várias culturas (africanas, européias, asiáticas e indígenas), o Brasil possui uma cultura muito rica; festas, danças, costumes, especialmente, lendas, mitos entre outros.

Os mitos e lendas que encontramos no folclore são diversos, tais como serão representados nas esquetes; “Iara” - mito da sereia, encontrado em várias partes do mundo. “Mula sem cabeça” - a mulher que fizesse algum mal a alguém ou que namorasse um padre poderia se transformar em uma mula-sem-cabeça. “Saci- Pererê” - criatura mais famosa do folclore. Gosta de fazer bagunça, atrapalhar as pessoas, esconder coisas e dar nós nos rabos de cavalos, entre tantos os outros.

O enredo das esquetes pretende mostrar ao público o talento cênicos desses jovens atores além de revelar novas produções artísticas da cidade. A classificação indicativa é livre.

A entrada é franca e o ingresso deve ser trocado por um produto de higiene pessoal. Outras informações podem ser obtidas no telefone do teatro: (19) 3451 0502.



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Três vezes “Em Nome de Deus”

Por José Farid Zaine
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Está em cartaz nos cinemas brasileiros desde a semana passada (embora tenha estreado em São Paulo no dia 9 de novembro), o novo filme do diretor filipino Brillante Mendoza, “Em Nome de Deus” (Captive). O título em português até cabe, mas poderia ser outro, mais próximo do título original, principalmente porque já existem outros filmes com o mesmo nome no Brasil. Pelo menos dois. Falo deles mais à frente.





“Em nome de Deus”(Captive) narra a história de 20 estrangeiros tomados como reféns em 2001, num resort chamado “Dos Palmas”, por terroristas islâmicos nas Filipinas. Baseado em fatos reais, o filme introduz o espectador a uma angustiante peregrinação de mais de um ano pela selva, onde vivem os reféns conduzidos e vigiados por seus sequestradores. A excelente atriz francesa Isabelle Huppert interpreta a missionária Thérèse Bourgoine, personagem ficcional que se prende ao fio condutor da narrativa.



Brillante Mendoza conduz a câmera como se ela fosse o espectador. Sempre temos a sensação de estarmos dentro da selva, como um dos reféns, sofrendo toda sorte de privações e sofrimentos, sempre com a mesma roupa, comendo restos de comida, dormindo ao relento e ainda correndo risco permanente de morte nas desastradas tentativas de resgate feitas por militares filipinos.



“Em Nome de Deus” tem uma tensão crescente desde a primeira cena. Há pouco espaço para amenidades, como a cena de uma refeição recebida de aldeões ou na aproximação de Thérèse com um menino que integra o grupo de terroristas.



Há algumas semanas comentei aqui o excelente “Argo”, de Ben Affleck, sobre a invasão da embaixada americana em Teerã por iranianos que exigiam a extradição do Xá Reza Pahlevi pelo governo americano, o que desencadeou a chamada “crise dos reféns”. Affleck conseguiu, filmando uma história também real, realizar um dos mais emocionantes e surpreendentes filmes do ano, que ninguém pode perder. Nessa linha está “Em Nome de Deus” (Captive), muito menos espetacular, mas ainda assim um ótimo filme.



Já que o título “Em nome de Deus” gera certa confusão, porque as pessoas acham que já viram o filme filipino que estreou, a melhor coisa, enquanto se espera que ele venha aos cinemas da cidade (o que é bem difícil) ou que chegue ao DVD ou Blu-Ray, é revisitar os outros filmes homônimos disponíveis nas locadoras.



O primeiro a ser visto ou revisto é o irlandês “Em Nome de Deus”, outra tradução brasileira que nada tem a ver com o título original, “The Magdalene Sisters”, dirigido por Peter Mullan, sobre um reformatório católico dirigido por freiras, as “Madalenas”, destinado a receber jovens rejeitadas por suas famílias, por sua conduta digamos, mais liberal. As jovens sofrem duplamente: quando a família resolve desfazer-se delas, obrigando-as a serem trancadas no tal reformatório, e depois no próprio confinamento, quando precisam suportar as piores humilhações. O filme foi premiado em Veneza, gerou protestos do Vaticano, mas recebeu o aplauso da crítica em todo o mundo. É fortíssimo. Abalou o público, principalmente o católico, ao expor situações embaraçosas e até grotescas, inimagináveis para o século XX, mais precisamente os anos 1960, e que vieram à tona com a coragem do diretor e com um elenco primoroso.



O outro filme que também foi batizado de “Em Nome de Deus” no Brasil é uma produção de 1988, originalmente chamado “Stealing Heaven”, narrando o romance proibido e secularmente famoso de Abelardo e Heloísa. Trata-se de uma coprodução entre Reino Unido e a então Iugoslávia, que ainda hoje faz muito sucesso, principalmente entre as mulheres. A tragédia dos amantes que nunca podem viver livremente a sua paixão é sempre um tema que exerce muito fascínio sobre o público. Clive Donner, o diretor, fez aqui uma versão livre da conhecida história de amor medieval que emociona gerações.



Bem, temos aí então, três filmes chamados “Em Nome de Deus” no Brasil. Nenhum deles leva, originalmente, esse nome; os nomes originais são “Captive” (palavra francesa para refém), o filipino de 2012 que está nos cinemas, “The Magdalene Sisters”, o irlandês de Peter Mullan de 2002 e “Stealing Heaven”, a coprodução entre Inglaterra e Iugoslávia ,de 1988, esses dois últimos disponíveis nas locadoras. Três filmes para vermos em nome de Deus, segundo nossos atentos e criativos tradutores.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Alunos da oficina de teatro da Cultura apresentam espetáculo gratuito no Teatro Nair Belo


Oito alunos da oficina de teatro da Cultura darão vida ao espetáculo “A Flor Vermelha” escrito por Carlos Jerônimo e direção de Ariane Martins. A estreia do espetáculo acontece no dia 12 de dezembro, às 20h, no Teatro Nair Belo.



“Klap de Teatro” foi o nome escolhido pelos alunos, que tiveram como referência a palavra americana “clap”, que significa “aplausos”. O grupo vem se reunindo desde março deste ano, e agora chegou a vez de colocar em prática todo o aprendizado.

Duas irmãs e um destino. O espetáculo conta a história de Diocleide e Dioclécia, gêmeas que se apaixonam pelo mesmo homem, Inocêncio, um boiadeiro que pede pouso às lavadeiras do rio de uma pequena cidade do interior.

Dividido entre as duas mulheres, Inocêncio faz a opção de presentear uma das gêmeas com uma flor vermelha. Inconformada, a irmã rejeitada resolve transformar a vida do casal em um inferno. “A Flor Vermelha” é uma tragédia popular que tem como base os contos folguedos, cirandas, parlendas e causos populares que vão dando rumo à história.

O texto sobre interferências do jovem grupo, que fez uma intensa pesquisa sobre os causos e casos populares, e a partir daí, foi se construindo o enredo; durante as discussões feitas nos ensaios. Desta forma, e aos poucos, um emaranhado de situações desconexas foi ganhando vida, resultando no espetáculo.

O grupo
Nascido de uma oficina de teatro voltada a adolescentes carentes de cultura e oriundos dos mais diversos bairros da cidade. A oficina foi promovida pela Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura.

De acordo com a professora de teatro, o espetáculo partiu da pesquisa do grupo, embasado em jogos teatrais para a criação dos elementos cênicos. “ ‘A Flor Vermelha’ nasceu da vontade de cada um dos atores pelo fazer teatral. Fica o desejo do surgimento dos frutos de cada plantada e adubada”, disse Ariane Martins.

Fazem parte do elenco: Anderson Caetano, Bianca Pisseli, Guilherme Pavanatti, Patrícia Massara, Natália Klinke, Tatiane Nascimento, Ubiratan Aparecido e Yara Schulz, cenário Ariane Martins e Carlos Jerônimo, preparação musical Marcos Lima, iluminação assinada por Valdemir Correia.

O espetáculo também conta com o apoio da Secretaria da Educação. A classificação indicativa é livre e a entrada é franca. O Teatro Nair Belo fica na Secretaria da Educação, no Parque Cidade, ao lado do Museu da Jóia.

Outras informações podem ser obtidas no telefone da Cultura: (19) 3451 0502 ou no blog da Cultura: www.culturalimeira.blogspot.com.


Luane Tenório – Estagiária de Jornalismo
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As Quatros Estações” será apresentado amanhã no Teatro Vitória


Seguindo com as apresentações de fim de ano da EMCEA (Escola Municipal de Cultura e Artes), amanhã, sexta-feira, 7, às 19h30 no Teatro Vitória acontece a apresentação das alunas de balé e jazz com o espetáculo “As Quatros Estações”.

As aulas são ministradas pela professora Aline Savazzi e fazem parte do elenco cerca de 80 meninas. O espetáculo é realizado pela Prefeitura de Limeira, por meio da Secretaria da Cultura, através da (EMCEA).

Era uma vez uma Rainha grandiosa e majestosa chamada Sol. Todos a conheciam e a estimavam por sua generosidade. Mas, apesar de ser muito querida por todos tinha um grande desgosto: as suas quatro filhas davam-se muito mal umas com as outras.

Primavera, Verão, Outono e Inverno queriam o poder para governar a terra por todo o ano e ao mesmo tempo. A Rainha decidiu dar um período do ano para cada uma governar sobre a terra, satisfazendo assim o desejo de todas.

O espetáculo apresenta a reflexão que tudo tem seu tempo e a vida é bela exatamente porque sempre mudam as suas estações. A classificação indicativa é livre, e os ingressos podem ser trocados por um produto de higiene pessoal.

Além da apresentação do espetáculo “As Quatro Estações” haverá apresentação dos alunos de samba-rock da escola. Mais informações o telefone do teatro é: (19) 3451 6679.


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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

“Colcha de Retalhos” será encenado pela terceira idade

Grupo de teatro da terceira idade se apresenta no Palacete Levy com entrada franca



Por meio de uma oficina de teatro promovida pela Prefeitura de Limeira, através da Secretaria da Cultura, o grupo de teatro da terceira idade dá vida ao espetáculo “Colcha de Retalhos”. O grupo vem se reunindo há um ano para a preparação do espetáculo.



A peça é uma adaptação do filme "How to Make an American Quilt" e retrata a história de mulheres e suas fases da vida. Raquel, a protagonista está prestes a se casar, mas antes, resolve passar três meses na casa de suas tias, onde um grupo de mulheres confecciona uma colcha para presenteá-la. No desenrolar da trama, a jovem fica conhecendo as histórias e segredos de cada uma daquelas senhoras; seus sonhos, suas derrotas e suas conquistas.



Sensível e delicado, o diálogo entre gerações, aborda conflitos, construções e destituições, que promete a reflexão sobre o que realmente queremos vida. O espetáculo acontece em dois dias: nesta sexta-feira, 7 de dezembro e no dia 13 de dezembro, ambos às 19h30 no Palacete Levy.



A direção é do professor de teatro Vagner Fernandes, no elenco estão Aparecido Franco, Josefa Amélia Soares Campos, Maria de Lourdes Miguel, Maria Aparecida de Assis Moraes, Rosa Aninciata François, Zilda Abreu Silva, Salete Franco e Deuza Maria Lima, sonoplastia assinada por Vagner Fernandes, cenografia Vagner Fernandes, Rodrigo Zovico e grupo e figurinos Rodrigo Zovico.



O espetáculo conta com a parceria da Associação Integrada de Deficientes e Amigos (AINDA), que desenvolveram os adereços de cena, através das aulas de artes plásticas ministradas pelo artista plástico Rodrigo Zovico, por meio do projeto “A Arte de Recriar”. A entrada é franca.



Mais informações podem ser obtidas no telefone da Cultura, (19) 3451 0502, ou no blog: www.culturalimeira.blogspot.com.




Luane Tenório – Estagiária de Jornalismo
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“Arte na Diversidade” é tema de exposição na Câmara Municipal


A Câmara Municipal de Limeira sediará de 4 a 14 de dezembro, no Espaço Cultural “Milton Ferrari”, a Exposição “Arte na Diversidade”, de autoria de Galdino Clemente em parceria com o Instituto Educacional GINGA-IEG/LIMEIRA E O GINGA/MOVIMENTO.

São desenhos, pinturas e esculturas feitas artesanalmente por Galdino que retratam o cotidiano, a beleza da mulher negra, suas vestimentas e o uso de cores da Unidade Africana representadas pelo vermelho, preto, verde e amarelo. Dentre os materiais utilizados por Galdino estão papel canson e saco de açúcar (algodão). "São obras simples que marcaram um período importante da minha vida”, declarou ele, lembrando que todo seu trabalho foi realizado nos últimos oito anos, período em que descobriu ser portador do Mal de Alzheimer e apresentou quadro depressivo.

Uma das obras em exposição será doada ao escritório da Fundação Palmares do Ministério da Cultura, em São Paulo. Todos os trabalhos também serão expostos em um site que Galdino está desenvolvendo que também abordará obras literárias e questões voltadas a cidadania.


Assessoria de Imprensa
Câmara de Limeira / SP