DIAS DE OSCAR ... E UM LUGAR NA PLATEIA!
Por José Farid Zaine
farid@limeira.com.br
twitter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine
Leitores reclamaram que fiz os prognósticos do Oscar, acertei bastante, mas não comentei os resultados. Sem problema, vamos lá:
Melhor filme: “O Discurso do Rei”. Era o previsto. Um bom filme, sem ser espetacular. Na briga com “A Rede Social”, pra mim era o melhor.
Melhor diretor: Aqui quem merecia era David Fincher, de “A Rede Social”, mas ganhou Tom Hooper, de “O Discurso do Rei”. Fincher já poderia ter sido premiado pelo belo “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Melhor ator: Acerto total. Ninguém mais do que Colin Firth tinha o direito, neste ano, de levar a estatueta pra casa. O mundo inteiro já sabia.
Melhor Atriz: Assim como Colin Firth, Natalie Portman era uma unanimidade. Seria a maior zebra ela não ganhar. Único Oscar de “Cisne Negro”, como previmos aqui.
Melhor Ator Coadjuvante: Christian Bale também era o esperado, e aqui a Academia acertou também. Ele está sensacional no papel de um ex-boxeador viciado em crack.
Melhor Atriz Coadjuvante: Melissa Leo foi outro acerto. Nesta categoria não havia unanimidade da crítica e dos especialistas, porque muitas atrizes deram show em pequenos papeis. Melissa levou a melhor, e era minha favorita.
Melhor Roteiro Original: “O Discurso do Rei”. Não digo que tenha sido injustiça, porque é um bom roteiro. Eu gostava mais de “Minhas Mães e Meu Pai”, moderno e com diálogos muito bem construídos. Se Roteiro Original significasse originalidade, seria dele, mas significa roteiro criado especialmente para o cinema, não adaptado de outra obra.
Melhor Roteiro Adaptado: Aqui, também, merecimento para “A Rede Social”. Um livro bem adaptado é uma tarefa difícil, ainda mais quando se trata de uma história ágil, movimentada, bem em sintonia com nossos tempos de internet e suas redes sociais que mobilizam milhões, todos os dias, no mundo todo. Editar um filme assim também não é nada fácil, daí o prêmio merecido para a montagem de “A Rede Social”.
Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Especiais, Mixagem de Som e Edição de Som: Como previmos também, “A Origem” seria o grande premiado nas categorias técnicas, pois foi o filme mais inovador nesses quesitos. Fotografia, que achei que ia ser o único entre os dez prêmios a que foi indicado “Bravura Indômita”, acabou ficando também com “A Origem”. “Bravura Indômita” saiu de mãos abanando, mas é um ótimo filme, e suas dez indicações significam grande reconhecimento a suas qualidades.
Bom, passado o Oscar, quem não viu os indicados e os premiados, pode procurar salas de cinema que vão continuar a exibi-los por muito tempo. Mas se a escolha for ficar em casa, nestes dias em que nunca se sabe se a chuva vai dar uma trégua, recomendo o delicado “Um Lugar Na Plateia”, filme francês de Daniele Thompson, com a linda Cécile de France, a atriz de “Além da Vida”, de Clint Eastwood, que já comentei e recomendei muito. Cécile interpreta uma jovem do interior da França que chega a Paris procurando emprego num Hotel de Luxo, o Ritz. Acaba ficando como garçonete de um café que fica na região, próximo a uma sala de concertos e a um local onde ocorrerá um leilão de obras de arte pertencentes a um colecionador que quer se desfazer de tudo. A garçonete se envolverá com tipos como um maestro, sempre apaixonado pela música, mas desencantado com a opressão do sistema que o amarra ao profissionalismo sufocante do mundo da música erudita, uma atriz às voltas com a estréia de uma nova peça, um programa de TV e um filme, e o colecionador e seu filho, por quem ela irá se apaixonar.
Cécile, a jovem personagem de “Um Lugar na Plateia” nos ensinará que é possível brilhar e ser feliz, encontrando seu lugar no mundo, sem que para isso seja obrigatório ser uma estrela ou ser um milionário.
Serviço:
Por José Farid Zaine
farid@limeira.com.br
twitter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine
Leitores reclamaram que fiz os prognósticos do Oscar, acertei bastante, mas não comentei os resultados. Sem problema, vamos lá:
Melhor filme: “O Discurso do Rei”. Era o previsto. Um bom filme, sem ser espetacular. Na briga com “A Rede Social”, pra mim era o melhor.
Melhor diretor: Aqui quem merecia era David Fincher, de “A Rede Social”, mas ganhou Tom Hooper, de “O Discurso do Rei”. Fincher já poderia ter sido premiado pelo belo “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Melhor ator: Acerto total. Ninguém mais do que Colin Firth tinha o direito, neste ano, de levar a estatueta pra casa. O mundo inteiro já sabia.
Melhor Atriz: Assim como Colin Firth, Natalie Portman era uma unanimidade. Seria a maior zebra ela não ganhar. Único Oscar de “Cisne Negro”, como previmos aqui.
Melhor Ator Coadjuvante: Christian Bale também era o esperado, e aqui a Academia acertou também. Ele está sensacional no papel de um ex-boxeador viciado em crack.
Melhor Atriz Coadjuvante: Melissa Leo foi outro acerto. Nesta categoria não havia unanimidade da crítica e dos especialistas, porque muitas atrizes deram show em pequenos papeis. Melissa levou a melhor, e era minha favorita.
Melhor Roteiro Original: “O Discurso do Rei”. Não digo que tenha sido injustiça, porque é um bom roteiro. Eu gostava mais de “Minhas Mães e Meu Pai”, moderno e com diálogos muito bem construídos. Se Roteiro Original significasse originalidade, seria dele, mas significa roteiro criado especialmente para o cinema, não adaptado de outra obra.
Melhor Roteiro Adaptado: Aqui, também, merecimento para “A Rede Social”. Um livro bem adaptado é uma tarefa difícil, ainda mais quando se trata de uma história ágil, movimentada, bem em sintonia com nossos tempos de internet e suas redes sociais que mobilizam milhões, todos os dias, no mundo todo. Editar um filme assim também não é nada fácil, daí o prêmio merecido para a montagem de “A Rede Social”.
Melhor Fotografia, Melhores Efeitos Especiais, Mixagem de Som e Edição de Som: Como previmos também, “A Origem” seria o grande premiado nas categorias técnicas, pois foi o filme mais inovador nesses quesitos. Fotografia, que achei que ia ser o único entre os dez prêmios a que foi indicado “Bravura Indômita”, acabou ficando também com “A Origem”. “Bravura Indômita” saiu de mãos abanando, mas é um ótimo filme, e suas dez indicações significam grande reconhecimento a suas qualidades.
Bom, passado o Oscar, quem não viu os indicados e os premiados, pode procurar salas de cinema que vão continuar a exibi-los por muito tempo. Mas se a escolha for ficar em casa, nestes dias em que nunca se sabe se a chuva vai dar uma trégua, recomendo o delicado “Um Lugar Na Plateia”, filme francês de Daniele Thompson, com a linda Cécile de France, a atriz de “Além da Vida”, de Clint Eastwood, que já comentei e recomendei muito. Cécile interpreta uma jovem do interior da França que chega a Paris procurando emprego num Hotel de Luxo, o Ritz. Acaba ficando como garçonete de um café que fica na região, próximo a uma sala de concertos e a um local onde ocorrerá um leilão de obras de arte pertencentes a um colecionador que quer se desfazer de tudo. A garçonete se envolverá com tipos como um maestro, sempre apaixonado pela música, mas desencantado com a opressão do sistema que o amarra ao profissionalismo sufocante do mundo da música erudita, uma atriz às voltas com a estréia de uma nova peça, um programa de TV e um filme, e o colecionador e seu filho, por quem ela irá se apaixonar.
Cécile, a jovem personagem de “Um Lugar na Plateia” nos ensinará que é possível brilhar e ser feliz, encontrando seu lugar no mundo, sem que para isso seja obrigatório ser uma estrela ou ser um milionário.
Serviço:
UM LUGAR NA PLATEIA (Fauteuils D´Orchestre), França, 2006, 106 minutos, direção de Daniele Thompson, com Cécile de France. Disponível em DVD e Blu-Ray.
Assessoria Parlamentar do Vereador José Farid Zaine (PDT)
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