OSCAR 2011: QUEM FARÁ O DISCURSO DE VENCEDOR?
Por José Farid Zaine
farid@limeira.com.br
twitter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine
A 83ª cerimônia de premiação do Oscar acontecerá amanhã, dia 27 de fevereiro, no teatro Kodak, em Los Angeles, com apresentação de Anne Hathaway e James Franco. Confira abaixo a lista dos dez indicados a melhor filme e minha opinião a respeito deles:
Cisne Negro: Espetacular drama de suspense e terror psicológico dirigido por Darren Arronofsky. Considero o melhor filme do ano, mas é pesado demais para o gosto da Academia. Por mim, venceria em todas as categorias em que foi indicado, mas sei que é bem difícil.
O Vencedor: Ótimo drama que tem o boxe como pano de fundo, mas sem a melosidade da série Rocky. Elenco de primeiríssima, com o destaque para a interpretação arrasadora de Christian Bale, o menino de “Império do Sol”. Melissa Leo e Amy Adams também brilham.
A Origem: Instigante ficção científica cheia de mistério e até de um drama de amor. Roteiro inspirado de Christopher Nolan, que merecia estar entre os indicados a melhor diretor. Leonardo DiCaprio mais uma vez injustiçado, tanto por esse filme como pelo brilhante “A Ilha do Medo”. Em A Origem brilham, mais que tudo, os efeitos visuais.
O Discurso do Rei: Drama de época, britânico, com direção de arte, fotografia, figurinos, tudo muito bonito e apropriado, principalmente pelos cenários dos palácios ingleses. Some-se a isso tudo uma história de superação de um problema físico e uma interpretação irrepreensível de um ator que já deveria ter sido premiado, Colin Firth. Receita pra Oscar de melhor filme, claro.
A Rede Social: Se O Discurso do Rei encanta pelo passado, que volta nítido e belo, A Rede Social mergulha no que pode ser a mais clara marca dos nossos dias: a febre da internet, das redes sociais, revelada na história da criação do facebook. Direção fabulosa de David Fincher, que nos deu o poético “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Minhas Mães e meu Pai: Se “A Rede Social” escancara o comportamento das pessoas do nosso tempo, principalmente os jovens, “Minhas Mães e Meu Pai” faz um raio X de uma família moderna: duas mulheres que se amam e moram juntas, tem um casal de filhos que nasceram de inseminação artificial, por doação de sêmen de um desconhecido. Os filhos crescem e querem saber quem foi esse doador. Está aí um enredo pra lá de original, que resultou em magníficas interpretações de Annette Bening, Julianne Moore e Mark Ruffalo.
Toy Story 3: A grande animação do ano, também com um roteiro maravilhoso. Uma história de amor, afeto, amizade, abandono... Um filme que encanta crianças e adultos, cada qual com seu motivo.
127 Horas: Depois do sucesso de “Quem quer ser um milionário”, bom filme mas superestimado pelos 8 Oscars que recebeu, Danny Boyle radicaliza: em 127 horas o filme quase inteiro se passa em um único cenário e apenas com um ator em cena, o fantástico James Franco.
Bravura Indômita: Remake que os diretores, os irmãos Coen chamam de readaptação do livro homônimo de Charles Portis. Ótimo, principalmente pelas interpretações de Jeff Bridges, Matt Damon e a menina Heileen Steinfeld. A versão de 1969, dirigida por Henry Hathaway, deu o Oscar a John Wayne.
Inverno da Alma: Um drama duro, seco, sem concessões ao gosto fácil. Mostra uma face feia e cruel do interior americano, sem mascarar sua rudeza.
Esses foram os dez filmes considerados os melhores do ano. Depois de uma interminável série de premiações que incluem o Globo de Ouro, Bafta, SGA, DGA e tantas outras, chega o Oscar, o mais aguardado, o mais fascinante. Entregue o Oscar, quem se lembrará dos outros prêmios, mesmo que sejam termômetros para avaliações dos críticos e cinéfilos? O Oscar, com sua luz, apaga tudo o que já foi feito. Por isso as premiações são feitas antes, porque assim elas ganham um destaque e um brilho passageiros. Faço, então, a minha lista de premiados, segundo minhas avaliações, meu gosto e a pesquisa entre os analistas de todo o mundo.
Melhor filme: “O Discurso do Rei” (fique claro que meu favorito é “Cisne Negro”, e que reconheço as qualidades e a força de “A Rede Social”).
Destaco os que considero com maior chance de vitória em suas categorias:
Ator
Colin Firth - O Discurso do Rei
Ator coadjuvante
Christian Bale - O Vencedor
Atriz
Natalie Portman - Cisne Negro
Atriz Coadjuvante
Melissa Leo - O Vencedor
Animação
Toy Story 3
Direção de arte
O Discurso do Rei
Fotografia
Bravura Indômita
Figurino
O Discurso do Rei
Diretor
David Fincher - A Rede Social
Documentário longa-metragem
Trabalho Interno
Edição
A Rede Social
Filme em língua estrangeira
Biutiful- México
Maquiagem
O Lobisomem
Trilha sonora original
Trent Reznor e Atticus Ross - A Rede Social
Canção original
"If I Rise" - 127 Horas (Música de A.R. Rahman e letra de Dido e Rollo Armstrong)
Edição de som
A Origem
Mixagem de som
A Origem
Efeitos especiais
A Origem
Roteiro adaptadoA Rede Social
Roteiro original
Minhas Mães e meu Pai
Assessoria Parlamentar do Vereador José Farid Zaine (PDT)
Por José Farid Zaine
farid@limeira.com.br
twitter: @faridzaine
Facebook: Farid Zaine
A 83ª cerimônia de premiação do Oscar acontecerá amanhã, dia 27 de fevereiro, no teatro Kodak, em Los Angeles, com apresentação de Anne Hathaway e James Franco. Confira abaixo a lista dos dez indicados a melhor filme e minha opinião a respeito deles:
Cisne Negro: Espetacular drama de suspense e terror psicológico dirigido por Darren Arronofsky. Considero o melhor filme do ano, mas é pesado demais para o gosto da Academia. Por mim, venceria em todas as categorias em que foi indicado, mas sei que é bem difícil.
O Vencedor: Ótimo drama que tem o boxe como pano de fundo, mas sem a melosidade da série Rocky. Elenco de primeiríssima, com o destaque para a interpretação arrasadora de Christian Bale, o menino de “Império do Sol”. Melissa Leo e Amy Adams também brilham.
A Origem: Instigante ficção científica cheia de mistério e até de um drama de amor. Roteiro inspirado de Christopher Nolan, que merecia estar entre os indicados a melhor diretor. Leonardo DiCaprio mais uma vez injustiçado, tanto por esse filme como pelo brilhante “A Ilha do Medo”. Em A Origem brilham, mais que tudo, os efeitos visuais.
O Discurso do Rei: Drama de época, britânico, com direção de arte, fotografia, figurinos, tudo muito bonito e apropriado, principalmente pelos cenários dos palácios ingleses. Some-se a isso tudo uma história de superação de um problema físico e uma interpretação irrepreensível de um ator que já deveria ter sido premiado, Colin Firth. Receita pra Oscar de melhor filme, claro.
A Rede Social: Se O Discurso do Rei encanta pelo passado, que volta nítido e belo, A Rede Social mergulha no que pode ser a mais clara marca dos nossos dias: a febre da internet, das redes sociais, revelada na história da criação do facebook. Direção fabulosa de David Fincher, que nos deu o poético “O Curioso Caso de Benjamin Button”.
Minhas Mães e meu Pai: Se “A Rede Social” escancara o comportamento das pessoas do nosso tempo, principalmente os jovens, “Minhas Mães e Meu Pai” faz um raio X de uma família moderna: duas mulheres que se amam e moram juntas, tem um casal de filhos que nasceram de inseminação artificial, por doação de sêmen de um desconhecido. Os filhos crescem e querem saber quem foi esse doador. Está aí um enredo pra lá de original, que resultou em magníficas interpretações de Annette Bening, Julianne Moore e Mark Ruffalo.
Toy Story 3: A grande animação do ano, também com um roteiro maravilhoso. Uma história de amor, afeto, amizade, abandono... Um filme que encanta crianças e adultos, cada qual com seu motivo.
127 Horas: Depois do sucesso de “Quem quer ser um milionário”, bom filme mas superestimado pelos 8 Oscars que recebeu, Danny Boyle radicaliza: em 127 horas o filme quase inteiro se passa em um único cenário e apenas com um ator em cena, o fantástico James Franco.
Bravura Indômita: Remake que os diretores, os irmãos Coen chamam de readaptação do livro homônimo de Charles Portis. Ótimo, principalmente pelas interpretações de Jeff Bridges, Matt Damon e a menina Heileen Steinfeld. A versão de 1969, dirigida por Henry Hathaway, deu o Oscar a John Wayne.
Inverno da Alma: Um drama duro, seco, sem concessões ao gosto fácil. Mostra uma face feia e cruel do interior americano, sem mascarar sua rudeza.
Esses foram os dez filmes considerados os melhores do ano. Depois de uma interminável série de premiações que incluem o Globo de Ouro, Bafta, SGA, DGA e tantas outras, chega o Oscar, o mais aguardado, o mais fascinante. Entregue o Oscar, quem se lembrará dos outros prêmios, mesmo que sejam termômetros para avaliações dos críticos e cinéfilos? O Oscar, com sua luz, apaga tudo o que já foi feito. Por isso as premiações são feitas antes, porque assim elas ganham um destaque e um brilho passageiros. Faço, então, a minha lista de premiados, segundo minhas avaliações, meu gosto e a pesquisa entre os analistas de todo o mundo.
Melhor filme: “O Discurso do Rei” (fique claro que meu favorito é “Cisne Negro”, e que reconheço as qualidades e a força de “A Rede Social”).
Destaco os que considero com maior chance de vitória em suas categorias:
Ator
Colin Firth - O Discurso do Rei
Ator coadjuvante
Christian Bale - O Vencedor
Atriz
Natalie Portman - Cisne Negro
Atriz Coadjuvante
Melissa Leo - O Vencedor
Animação
Toy Story 3
Direção de arte
O Discurso do Rei
Fotografia
Bravura Indômita
Figurino
O Discurso do Rei
Diretor
David Fincher - A Rede Social
Documentário longa-metragem
Trabalho Interno
Edição
A Rede Social
Filme em língua estrangeira
Biutiful- México
Maquiagem
O Lobisomem
Trilha sonora original
Trent Reznor e Atticus Ross - A Rede Social
Canção original
"If I Rise" - 127 Horas (Música de A.R. Rahman e letra de Dido e Rollo Armstrong)
Edição de som
A Origem
Mixagem de som
A Origem
Efeitos especiais
A Origem
Roteiro adaptadoA Rede Social
Roteiro original
Minhas Mães e meu Pai
Assessoria Parlamentar do Vereador José Farid Zaine (PDT)
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