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“Homens de Preto 3” estreou na semana passada nos cinemas de todo o mundo com a certeza de arrecadar milhões de dólares nas bilheterias. Se isso não acontecer, o que é bem difícil, os produtores estarão numa enrascada. O site cinepop.com informa que, entre custos de produção e publicidade, o longa dirigido por Barry Sonnenfeld consumiu a estratosférica soma de 375 milhões de dólares. É muito dinheiro, mas o retorno do investimento está praticamente garantido, haja vista a estreia nos EUA, que desbancou “Os Vingadores”, que vinha sendo o campeão absoluto por três semanas consecutivas. O mesmo aconteceu no Brasil.
A história dos blockbusters hollywoodianos sempre passa por cifras milionárias, o que é fácil de se constatar verificando os orçamentos de Avatar, Piratas do Caribe, Harry Potter, King Kong, As Crônicas de Nárnia, Homem Aranha e outros similares. Os americanos são campeoníssimos em coisas desse tipo, mas no quesito “cinema-entretenimento”, são imbatíveis.
Contas à parte, “Homens de Preto 3” chegou para sossegar os fãs dos dois primeiros exemplares, embora o segundo não tenha sequer se aproximado da qualidade e da originalidade do primeiro. Agora, neste retorno, as coisas voltam aos eixos num filme divertido e inteligente, capaz de agradar aos espectadores tão sisudos como a personagem de Tommy Lee Jones, o agente K. Em “Homens de Preto 3”, a vida de K e a do planeta Terra estão em perigo, por conta da fuga de um supercriminoso ET de uma prisão lunar. Ele é Boris, o Animal (Jemaine Clement), e fica muito irritado quando chamado desta forma. Como salvar K e a Terra? A solução está numa volta ao passado, mais precisamente ao ano de 1969, no lançamento da nave espacial Apollo 11. Quem se atreverá a realizar tarefa tão complexa e perigosa? Claro, o agente J, personagem de Will Smith. Essa viagem no tempo, feita de modo brilhante, garante toda a diversão e o apuro visual do filme.
Em 1969, K é interpretado por Josh Brolin, espetacular como o mal humorado agente que, com menos de 30 anos, aparece como outra figura, capaz de sorrisos, gestos carinhosos e bom humor. Josh Brolin dá conta do recado, numa criação muito feliz da personagem, só confirmando que ele é mesmo um dos melhores atores de sua geração (ele tem 44 anos, mas passa por um homem de 29 anos, outra sacada genial do filme). Dentre seus filmes mais célebres estão a recriação de “Bravura Indômita”(True Grit), pelos irmãos Cohen, e “Onde Os Fracos Não tem Vez” (No Country for Old Men), vencedor do Oscar de Melhor filme em 2008, dos mesmos diretores. Neste último ele fazia Llewelyn Moss, um veterano da Guerra do Vietnã que se apodera de dois milhões de dólares encontrados no deserto do Texas.
A direção de arte e os efeitos especiais de “Homens de Preto 3” estão perfeitos, principalmente quando tudo se mistura aos cenários e figurinos de uma época tão marcante como foram os anos 1960. Aliás, uma das melhores piadas do filme é quando, numa festa repleta de Hippies com seus cabelos e indumentárias extravagantes, fica a pergunta: como distinguir quem é humano e quem é alienígena?
Tudo funciona bem nesta aventura de ficção científica temperada com muito humor. Mesmo a complexidade da história, envolvendo presente e passado, encontra uma ótima saída pelas observações da personagem Griffin , vivida por Michael Stuhlbarg.
Não dá pra contar mais, para não estragar as surpresas de um roteiro muito bem costurado e levado com grande competência pela direção e pelo elenco, que inclui a magnífica Emma Thompson.
Para quem procura diversão garantida e de ótima qualidade, basta procurar uma boa sala onde esteja sendo exibido o terceiro exemplar de uma cinessérie bem sucedida. Mas o filme precisa ser visto em 3D, recurso muito bem utilizado e que valoriza bastante a produção.
No caso de “Homens de Preto 3”, saimos do cinema mais leves, sem nenhum compromisso com altas reflexões. Isto fica para o cotidiano, cheio de leões para serem domados todos os dias. Pensando assim, que venha o MIB 4. Inteligência e bom humor só podem fazer bem!
Estava esperando uma opinião sobre o filme para assisti-lo. Gostei do post e agora fiquei mais animado pra ir ao cinema. Valeu, Farid. Grande abraço!
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