Repercussão
Estreou no último sábado, 7 de agosto, na Gazeta de Limeira, a coluna “CineArte”, de José Farid Zaine. A coluna – semanal – vai oferecer as observações de Farid sobre cinema. Acompanhe, abaixo, artigo completo que foi publicado:
O SONHO MORA AO LADO
Os leitores mais velhos, ou os que curtem clássicos do cinema, vão ligar o título deste artigo a um dos filmes mais famosos de todos os tempos, “O Pecado Mora ao Lado”. Não poderia ser diferente: o filme contém a antológica cena de Marilyn Monroe, com a saia levantada pelo vento que sai de um respiradouro do metrô, no tórrido verão em Nova York...nesse filme ela é vizinha que chega para balançar o coração de Tom Ewell, que é o homem que ficou sozinho num apartamento do mesmo prédio, por conta de viagem de férias da esposa e da filha...Billy Wilder sabia, como ninguém, mexer com o imaginário masculino, e sua comédia fez assombroso sucesso naquele verão de 1955, fixando para sempre a imagem que se tornou um dos ícones do cinema. Como não se encher de desejos e de sonhos , quando se está sozinho e ao lado está simplesmente Marilyn? Tudo isso me veio à cabeça quando resolvi, para este artigo, escrever sobre o Festival de Cinema de Paulínia, em sua terceira edição, ocorrido na semana de 15 a 22 de julho. Para um apaixonado por cinema como eu, impossível não desejar estar todo esse tempo com o olhar em Paulínia, nossa vizinha irresistível...Em três anos, a cidade viu seu festival de cinema e seu pólo de produção cinematográfica ficarem nacionalmente conhecidos. O fato mais interessante é que não se trata apenas de um evento pontual, que acontece em uma semana e some, para voltar somente depois de um ano. O Projeto desenvolvido em Paulínia, chamado Magia do Cinema, contempla a produção cinematográfica durante o ano todo, com apoio financeiro e logístico para a realização de longas de ficção, documentários, curtas, oficinas, workshops...em apenas um edital, a ser aberto em outubro de 2010, serão destinados 9 milhões de reais para a produção de filmes, havendo incentivo especial para a produção regional.
Estive no Festival, e vi o que consegui, filmes muito bons e outros nem tanto, como é normal, e lamentei não poder ver tudo, por conta da minha agenda, no imponente Theatro Municipal de Paulínia. Não faltam críticas, é claro, ao projeto, que muitos chamam de faraônico, e que o dinheiro ali investido poderia ter sido usado em outras coisas, teor comum de discursos pobres. Bobagem. Como sempre defendi mais verbas para a cultura, em todos os níveis – municipal, estadual e federal - só posso aplaudir a maravilhosa destinação de recursos para a arte cinematográfica, como se vê hoje em Paulínia. Portanto, não é o pecado que mora ao lado, neste caso. Bem ao lado mora um sonho, o sonho que sempre tive de participar da realização de um grande festival de cinema...e Paulínia está tão perto e acessível, que não posso deixar de considerar o quanto nossa região faz parte dessa realidade tão fascinante. Não precisarei ficar cobiçando minha vizinha, como fez Tom Ewell, no seu verão mais quente. No próximo inverno, eu vou voltar para Paulínia, porque é lá que mora agora o calor do cinema brasileiro.
por José Farid Zaine
farid@limeira.com.br
Serviço: O filme “O Pecado Mora ao Lado” (The Seven Year Itch), de 1955, dirigido por Billy Wilder, com Marilyn Monroe e Tom Ewell, está disponível em DVD.
Assessoria Parlamentar do Vereador José Farid Zaine (PDT)
Estreou no último sábado, 7 de agosto, na Gazeta de Limeira, a coluna “CineArte”, de José Farid Zaine. A coluna – semanal – vai oferecer as observações de Farid sobre cinema. Acompanhe, abaixo, artigo completo que foi publicado:
O SONHO MORA AO LADO
Os leitores mais velhos, ou os que curtem clássicos do cinema, vão ligar o título deste artigo a um dos filmes mais famosos de todos os tempos, “O Pecado Mora ao Lado”. Não poderia ser diferente: o filme contém a antológica cena de Marilyn Monroe, com a saia levantada pelo vento que sai de um respiradouro do metrô, no tórrido verão em Nova York...nesse filme ela é vizinha que chega para balançar o coração de Tom Ewell, que é o homem que ficou sozinho num apartamento do mesmo prédio, por conta de viagem de férias da esposa e da filha...Billy Wilder sabia, como ninguém, mexer com o imaginário masculino, e sua comédia fez assombroso sucesso naquele verão de 1955, fixando para sempre a imagem que se tornou um dos ícones do cinema. Como não se encher de desejos e de sonhos , quando se está sozinho e ao lado está simplesmente Marilyn? Tudo isso me veio à cabeça quando resolvi, para este artigo, escrever sobre o Festival de Cinema de Paulínia, em sua terceira edição, ocorrido na semana de 15 a 22 de julho. Para um apaixonado por cinema como eu, impossível não desejar estar todo esse tempo com o olhar em Paulínia, nossa vizinha irresistível...Em três anos, a cidade viu seu festival de cinema e seu pólo de produção cinematográfica ficarem nacionalmente conhecidos. O fato mais interessante é que não se trata apenas de um evento pontual, que acontece em uma semana e some, para voltar somente depois de um ano. O Projeto desenvolvido em Paulínia, chamado Magia do Cinema, contempla a produção cinematográfica durante o ano todo, com apoio financeiro e logístico para a realização de longas de ficção, documentários, curtas, oficinas, workshops...em apenas um edital, a ser aberto em outubro de 2010, serão destinados 9 milhões de reais para a produção de filmes, havendo incentivo especial para a produção regional.
Estive no Festival, e vi o que consegui, filmes muito bons e outros nem tanto, como é normal, e lamentei não poder ver tudo, por conta da minha agenda, no imponente Theatro Municipal de Paulínia. Não faltam críticas, é claro, ao projeto, que muitos chamam de faraônico, e que o dinheiro ali investido poderia ter sido usado em outras coisas, teor comum de discursos pobres. Bobagem. Como sempre defendi mais verbas para a cultura, em todos os níveis – municipal, estadual e federal - só posso aplaudir a maravilhosa destinação de recursos para a arte cinematográfica, como se vê hoje em Paulínia. Portanto, não é o pecado que mora ao lado, neste caso. Bem ao lado mora um sonho, o sonho que sempre tive de participar da realização de um grande festival de cinema...e Paulínia está tão perto e acessível, que não posso deixar de considerar o quanto nossa região faz parte dessa realidade tão fascinante. Não precisarei ficar cobiçando minha vizinha, como fez Tom Ewell, no seu verão mais quente. No próximo inverno, eu vou voltar para Paulínia, porque é lá que mora agora o calor do cinema brasileiro.
por José Farid Zaine
farid@limeira.com.br
Serviço: O filme “O Pecado Mora ao Lado” (The Seven Year Itch), de 1955, dirigido por Billy Wilder, com Marilyn Monroe e Tom Ewell, está disponível em DVD.
Assessoria Parlamentar do Vereador José Farid Zaine (PDT)
Muito bom, Farid! Texto saboroso. Aliás, você é minha referência para falar de cinema. E, cá para nós, e essa mania de as pessoas arregalarem os olhos com investimento em cultura é um pouco o que fazem aqueles que cobram atenção às crianças abandonadas de quem luta pela defesa dos animais. Eu sempre digo: uma coisa não exclui a outra, certo? Viva Paulínia e viva mais ainda a sua luta pelo sonho que, por enquanto, mora ao lado!
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